DÉFICIT NA DRENAGEM URBANA: BUSCANDO O ENTENDIMENTO E CONTRIBUINDO PARA A DEFINIÇÃO

Autores

  • Vladimir Caramori Borges de Souza Universidade Federal de Alagoas
  • Luiz Roberto Santos Moraes Universidade Federal da Bahia
  • Patrícia Campos Borja Universidade Federal da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.9771/gesta.v1i2.7213

Resumo

A abordagem tradicional brasileira na drenagem urbana indica que os corpos d’água devem ser saneados e, nesse aspecto, sanear tem sido entendido como drenar, no sentido de criar estruturas de micro e macrodrenagem para conduzir a água para os pontos mais distantes possíveis. Em uma visão moderna, o sistema de drenagem deve ser tratado como um dos componentes do espaço urbano, sendo impossível dissociá-lo da infraestrutura das cidades. Para avaliar esses sistemas, os indicadores tradicionais (tais como aqueles baseados em cobertura de rede ou atendimento per capita) não são capazes de retratar sua condição (eficiência ou déficit). Esse artigo busca definir o conceito de déficit em drenagem e manejo de águas pluviais urbanas, tentando estabelecer as relações entre o conceito em si, as noções de risco utilizadas em dimensionamento de redes, a cobertura do sistema, as tecnologias para drenagem das águas pluviais, a informação disponível, o estado (de degradação) dos corpos d’água e as estruturas técnico-institucionais. Observa-se que a definição conceitual de déficit relacionado às águas pluviais é complexa e se relaciona a vários aspectos da infraestrutura e da política urbanas, não podendo estar restrito à cobertura de rede.

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Biografia do Autor

Vladimir Caramori Borges de Souza, Universidade Federal de Alagoas

 

Luiz Roberto Santos Moraes, Universidade Federal da Bahia

Graduado em Engenharia Civil pela Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia (1973), com especialização em Engenharia Sanitária e em Engenharia de Segurança do Trabalho pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (1974), mestrado em Engenharia Sanitária pela Delft University of Technology/NE (1977) e doutorado em Saúde Ambiental pela University of London/UK (1996). Fez estágio pós-doutoral em Gestão de Saneamento Básico na Universidade do Minho/PT (2005). Professor Titular em Saneamento/Participante Especial do Departamento de Engenharia Ambiental da Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia, membro do Conselho Diretor Nacional da Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento, membro do Conselho Editorial Científico da Revista Engenharia Sanitária e Ambiental da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental, da Revista Engenharia Civil/Civil Engineering da Universidade do Minho-PT e da Revista Baiana de Saúde Pública da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia, e fundador do Grupo Ambientalista da Bahia. Tem trabalhado na área de Engenharia Sanitária e Ambiental, com ênfase em Saneamento Ambiental, principalmente, nos campos do saneamento ambiental, saúde ambiental e gestão de serviços públicos de saneamento básico.

Patrícia Campos Borja, Universidade Federal da Bahia

Engenheira Sanitarista e Ambiental pela UFBA (1987); mestrado em Arquitetura e Urbanismo pela UFBA (1997) , com dissertação versando sobre metodologias de avaliação da qualidade ambiental urbana; e doutorado em Arquitetura e Urbanismo pela UFBA (2004), com tese sobre política de saneamento, instituições financeiras internacionais e mega-programas. Atualmente é professora e pesquisadora do Departamento de Engenharia Ambiental da UFBA. É professora do Mestrado em Meio Ambiente Águas e Saneamento. É líder do Grupo de Pesquisa "Saneamento e Saúde Ambiental" e vem atuando nos seguintes temas: saneamento ambiental, política, gestão e planejamento em saneamento; avaliação de políticas e tecnologias; saneamento em periferias urbanas; tecnologias apropriadas, qualidade da água, relação saúde-saneamento, sistemas de indicadores; avaliação da qualidade ambiental urbana e capacitação de recursos humanos.

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Publicado

2013-11-13

Como Citar

Souza, V. C. B. de, Moraes, L. R. S., & Borja, P. C. (2013). DÉFICIT NA DRENAGEM URBANA: BUSCANDO O ENTENDIMENTO E CONTRIBUINDO PARA A DEFINIÇÃO. Revista Eletrônica De Gestão E Tecnologias Ambientais, 1(2), 162–175. https://doi.org/10.9771/gesta.v1i2.7213

Edição

Seção

Artigos Originais