China, Brasil e a transição energética na indústria automobilística
DOI :
https://doi.org/10.9771/geo.v0i1.59850Mots-clés :
Dependência, Descarbonização, Indústria automobilísticaRésumé
Neste artigo discorreremos sobre a presença chinesa no setor automobilístico nacional, sob a luz da teoria da dependência. Após breve apresentação do campo dependentista, caracterizaremos as relações entre Brasil e China na atualidade e nos voltaremos para a tendência global de descarbonização energética, que impacta diversos nichos, como a indústria automobilística. Nosso objetivo central é o de analisar o cenário nacional atual, que vive um processo de transição energética, ainda que tímido quando comparado a outras regiões do mundo, mas suficientemente importante para atrair a presença de duas gigantes chinesas, a BYD e a GWM, responsáveis por vultuosos investimentos na produção de automóveis elétricos e eletrificados em solo nacional, e forçando outras montadoras já tradicionais e consolidadas, como a General Motors e a Volkswagen, a seguirem no mesmo caminho. Tentaremos, ao final, reunir as condições necessárias para compreender os motivos da aposta chinesa na transição energética automobilística nacional.
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