Transformações no tempo e no espaço
análise da produção e reestruturação do espaço urbano de Presidente Prudente a partir do Grupo Damha
DOI :
https://doi.org/10.9771/geo.v18i1.49719Mots-clés :
Presidente Prudente, Grupo Encalso Damha, ReestruturaçãoRésumé
O presente artigo analisa as transformações e a urbanização em Presidente Prudente – SP, a partir das mudanças ocorridas ao longo do tempo. Analisa, também, a atuação do grupo Encalso Damha e adoção, por parte do grupo, de estratégias e instrumentos de financeirização para produção e financiamento de seus empreendimentos, através do lançamento de ativos lastreados em seus empreendimentos, os Certificados de Recebíveis Imobiliários. Ainda, destaca-se, as transformações ocorridas no município e as redefinições no par centro-periferia resultantes, dentre outros aspectos, da implementação dos espaços residenciais fechados nas periferias geográficas da cidade, e que tem como um dos referenciais da produção desse tipo de empreendimento, o grupo Damha. Tem-se como base da análise desses novos processos dois conceitos fundamentais aos estudos urbanos, os de Urbanização e Reestruturação. Questionando os impactos da implementação desses empreendimentos e da emergência de novos processos na cidade
Téléchargements
Références
AALBERS, M. B. Subprime Cities: The Political Economy of Mortgage Markets. New York: Wiley-Blackwell, 2012.
ABREU, D. S. Formação histórica de uma cidade pioneira paulista: Presidente Prudente. Presidente Prudente: Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Presidente Prudente, 1972
ABREU, M. A. Produção imobiliária e os espaços da financeirização: entre o abstrato da riqueza financeira e o concreto da cidade produzida. 2019. 232f. Tese (Doutorado em Geografia) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), Campus de Presidente Prudente/SP, 2019.
ABREU, M. A.; MELAZZO, E. S.; FERREIRA, J. V. S. Produzindo casas de papel: As engrenagens da securitização de ativos imobiliários residenciais no Brasil. Confins, Paris, n. 47, p. 1-16, 2020.
AMENDOLA, G. La ciudad postmoderna. Madri: Celeste, 2000 [1997].
BIZZIO, M. R. Condomínios residenciais fechados: a urbanização do Grupo Encalso Damha em São Carlos-SP. 2015. 161f. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) - Faculdade de Ciências e Letras, Universidade Estadual Paulista, Araraquara. 2015.
BOTELHO, A. O urbano em fragmentos: a produção do espaço e da moradia pelas práticas do setor imobiliário. São Paulo: Annablume; FAPESP, 2007.
BRAGA, J. C. Financeirização global. O padrão sistêmico de riqueza do capitalismo contemporâneo. In: TAVARES, M. da C.; FIORI, J. L. (Org.). Poder e dinheiro. Uma economia política da globalização. Petrópolis/RJ: Vozes, 1997. p. 195-242.
BRENNER, N. Restructuring, Rescaling, and the Urban Question. Critical Planning, Summer 2009.
CARVALHO, M. C. Diferenciação e desigualdade socioespacial: a mobilidade residencial das famílias de baixa renda no Programa Minha Casa Minha Vida. 2020. 165f. Tese (Doutorado em Geografia) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Presidente Prudente, 2020.
FERREIRA, J. V. de S. O circuito financeiro-imobiliário em cidades médias brasileiras: novos condicionamentos na produção do espaço urbano. 2021. 72 f. Monografia (Bacharelado em Geografia) - Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Estadual Paulista, Presidente Prudente, 2021.
FIX, M. São Paulo, cidade global: fundamentos financeiros de uma miragem. São Paulo: Boitempo, 2007.
HARVEY, D. La construcción social del espacio y del tiempo: Una teoría relacional. Conferência, 1994.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. 2021. Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/presidente-prudente/panorama>. Acesso em: 28/05/2022.
LEFEBVRE, H. O pensamento marxista e a cidade. Lisboa: Ulisséa, 1972.
LEITE, J. F. A ocupação do Pontal do Paranapanema. São Paulo: Hucitec, 1998.
MELAZZO, E. S.; ABREU, M. A. A expansão da securitização imobiliária: uma prospecção a partir da cidade de Ribeirão Preto-SP. Geousp – Espaço e Tempo (Online), São Paulo, v. 23, n. 1, p. 022-039, abr. 2019.
MELAZZO, E. S. et al. Securitização da habitação e financeirização da cidade no Brasil. Mercator, Fortaleza, v. 20, out. 2021. Disponível em: <http://www.mercator.ufc.br/mercator/article/view/e20029>. Acesso em: 11/11/2021.
PORTAL PRUDENTINO. Prudenshopping é vendido para fundo imobiliário por R$ 199 milhões. 2019. Disponível em: https://portalprudentino.com.br/noticia/noticias/presidente-prudente-noticias/prudenshopping-e-vendido-para-fundo-imobiliario-por-r$-199-milhoes. Acesso em: 15/11/2021.
PRADILLA, E. C. Formas productivas, fracciones del capital y reconstrucción urbana. In: CORAGGIO, J. L.; MUÑOZ, R. (Coord.). Economía de las ciudades en América Latina hoy. Vol.1: Enfoques multidisciplinarios. Buenos Aires, Argentina: Universidad Nacional de General Sarmiento, 2018. p. 155-179.
SALGUEIRO, T. Lisboa, periferia e centralidades. Oeiras: Celta, 2001.
SANTOS, M. A Natureza do Espaço: Técnica e Tempo. Razão e Emoção. 4. ed. 7ª reimpr. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo Buenos Aires, Argentina, 2012 [1996].
SASSEN, S. Economic Restructuring and The American City. Annual Review of Sociology, v. 16, p. 465-490, 1990.
SOBARZO, O. Os espaços da sociabilidade segmentada: a produção do espaço público em Presidente Prudente. 2004. 224f. Tese (Doutorado em Geografia) - Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Estadual Paulista, Presidente Prudente, 2004.
SOJA, E. Geografias Pós-Modernas: a reafirmação do espaço na teoria social crítica. Rio de Janeiro: Zahar, 1993.
SPOSITO, M. E. B. Cidades médias: reestruturação das cidades e reestruturação urbana. In: SPOSITO, M. E. B. (Org.). Cidades médias: espaços em transição. São Paulo: Expressão Popular, 2007, v. 1. p. 233-253.
SPOSITO, E. S.; SPOSITO, M. E. B. Fragmentação socioespacial. Mercator, Fortaleza, v. 19, p. 1-13, 2020.
SPOSITO, M. E. B; SPOSITO, E. S. Reestruturação econômica, reestruturação urbana e cidades médias. In: SEMINÁRIO DA REDE IBEROAMERICANA DE PESQUISADORES SOBRE GLOBALIZAÇÃO E TERRITÓRIO (RII), 12., Belo Horizonte, 2012. Trabalhos... Belo Horizonte: UFMG, 2012, v. 1, p. 1-17.
SPOSITO, M. E. B.; GÓES, E. M. Espaços fechados e cidades. Insegurança urbana e fragmentação socioespacial. São Paulo: Editora da Unesp, 2013.
TOPALOV, C. Análise do ciclo de reprodução do capital investido na produção da indústria da construção civil. Capital e Propriedade Fundiária. In: FORTI, R. (Org.). Marxismo e urbanismo capitalista. Textos críticos. São Paulo: Editora Ciências Humanas, 1979. p. 53-80.
WEBER, R. From boom to bubble: How finance built the new Chicago. Chicago: The University of Chicago Press, 2015.
Téléchargements
Publiée
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o artigo simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Creative Commons CC BY que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista. Esta licença permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho, mesmo para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original. É a licença mais flexível de todas as licenças disponíveis. É recomendada para maximizar a disseminação e uso dos materiais licenciados. Ver o resumo da licença em: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ Ver o texto legal da licença em: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ Consulte o site do Creative Commons: https://creativecommons.org/licenses/?lang=pt
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).