Acumulação por espoliação e redes de transporte público: o Corredor Metropolitano Noroeste em Campinas-SP
DOI :
https://doi.org/10.9771/geo.v16i2.37924Mots-clés :
Redes, Transporte público, Espoliação, Promoção imobiliária, PrivatizaçãoRésumé
Este artigo objetiva relacionar aspectos do processo de acumulação por espoliação com dinâmicas de desenvolvimento de redes de transporte público, a partir do recorte empírico do Corredor Metropolitano Noroeste, na Região Metropolitana de Campinas (SP). Grandes projetos de infraestrutura como esse corredor implicam uma diversa trama de intencionalidades políticas, dentre as quais há as que têm como finalidade a acumulação de caráter rentista. Discursos do planejamento tecnocrático se colocam como neutros e comprometidos com o bem comum e, por isso, são usados para legitimar propostas de intervenção nas redes de transporte coletivo. A viabilidade dessas transformações na organização do espaço está condicionada, no entanto, a diferentes objetivos especulativos. Em torno do Estado, a promoção imobiliária e a privatização do patrimônio público são determinantes para que propostas de renovação das materialidades avancem ou desvaneçam.
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