A INQUIETANTE ESTRANHEZADE UM CORPO EM O CORPO EM QUE NASCI DE GUADALUPE NETTEL

Autores

  • Flávia Andréa Rodrigues Benfatti Universidade Federal de Uberlândia

DOI:

https://doi.org/10.9771/ell.v0i78.54108

Resumo

Este artigo discute as inquietações vividas por uma narradora ao não sentir habitar o corpo em que nasceu. O romance O corpo em que nasci de Guadalupe Nettel (2013) expõe os conflitos de uma menina que passa a infância e a adolescência, em crise, com um olho deficiente e as costas encurvadas, sentindo a estranheza desse corpo. Problematiza-se, neste texto, o impacto da colonialidade na configuração de corpos abjetos dentro da Matriz Colonial de Poder (MCP), relegando esses corpos à invisibilidade social. Adentro essa discussão na perspectiva de teóricos como Mignolo (2018), Hooks (2020), Lugones (2019). O objetivo deste artigo é, portanto, refletir sobre como a corporeidade, construção ocidental cristã eurocentrada, interfere na subjetividade do indivíduo e na forma depreciativa com que, muitas vezes, se enxerga havendo a necessidade de repensar essa visão a fim de descolonizá-la.

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Publicado

2024-09-28

Como Citar

RODRIGUES BENFATTI, F. A. A INQUIETANTE ESTRANHEZADE UM CORPO EM O CORPO EM QUE NASCI DE GUADALUPE NETTEL. Estudos Linguísticos e Literários, Salvador, n. 78, p. 252–271, 2024. DOI: 10.9771/ell.v0i78.54108. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/estudos/article/view/54108. Acesso em: 21 dez. 2024.