A PREDICALIDADE DA IGUALDADE E A DINÂMICA DO SENTIR EM ESSE AMOR QUE NOS CONSOME E NATIKI
DOI:
https://doi.org/10.9771/contemporanea.v22i1.62300Palavras-chave:
ocupações, teatro, migrantesResumo
O filme Esse amor que nos consome (2012), trabalha com situações de corporeidade onde dança e encenação são acionadas para tencionar engajamento afetivo e dinâmica presencial em lugares de ocupação de espaços arquiteturais impedidos. A peça Natiki, programada para espaços comunitários e desenvolvida no âmbito do teatro do oprimido (Boal, 1996), apresenta histórias de imigrantes de Cabo Verde e Guiné-Bissau a partir da dançatividade e de músicas cantadas pelos atores. O objetivo do artigo é ensejar o filme e a obra de teatro por meio de cinco operadores teóricos que auxiliam na observação das vidas migrantes e subalternizadas no desejo de estar juntos, na destruição do tempo insidioso, na liberação de todas as metamorfoses.
Downloads
Referências
AHMED, S. Queer phenomenology: orientations, objects, others. Durham: Duke University Press, 2006.
ALICE, T. Performance.ensaio: desmontando os clássicos. Rio de Janeiro: Confraria do Vento, 2010.
ARTAU, A. O teatro e seu duplo. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
BALTAR, M. Corpo e afeto: Atualizações do regime de atrações no cinema brasileiro contemporâneo. Aniki, Coimbra, v. 10, n. 2, p. 4-28, 2023. Disponível em: https://doi.org/10.14591/aniki.v10n2.880. Acesso em: 24 jul. 2023.
BAUMAN, Z. Estranhos à nossa Porta. Rio de Janeiro: Zahar, 2017.
BOAL, A. Teatro legislativo: versão beta. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1996.
BOGADO, A.; CARDOSO FILHO, J. Águas da Baía e do Paraguaçu: paixões e política na obra da Rosza Filmes. In: ENCONTRO ANUAL DA COMPÓS, 30., 2021, São Paulo. Anais eletrônicos [...]. Campinas: Galoá, 2021. Disponível em: https://proceedings.science/compos/compos-2021/trabalhos/aguas-da-baia-e-do-paraguacu-paixoes-e-politica-na-obra-da-rosza-filmes. Acesso em: 4 nov. 2024
BOGADO, A.; SOUZA, S. F. Montagem UMBIGADA, UM MÉTODO DECOLONIAL DE LEITURA, FABULAÇÃO E CIRCULAÇÃO DAS IMAGENS. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO, 45., 2022, João Pessoa. Anais eletrônicos [...]. São Paulo: Intercom, 2022. Disponível em: https://portalintercom.org.br/anais/nacional2022/resumo/0719202211052262d6ba2284b6f.pdf. Acesso em: 26 set. 2024.
BRITTO, F. D. Temporalidade em dança: parâmetros para uma história contemporânea. Belo Horizonte: F. Dultra Britto, 2008.
DERRIDA, J. Anne Dufourmantelle convida Jacques Derrida a falar da hospitalidade. São Paulo: Escuta, 2003.
DELEUZE, Gilles. Diferença e repetição. São Paulo: Graal, 2006.
DUBATTI, J. (org.). El teatro teatra: nuevas orientaciones en teatrología. Bahía Blanca: EdiUNS, 2009.
DUBATTI, J. O teatro dos mortos: introdução a uma filosofia do teatro. São Paulo: Ed. SESC, 2016.
EDELMAN, L. No future: queer theory and the death drive. Dunham: Duke University Press, 2004.
ELHAJJI, M. O intercultural migrante: teorias & análises. Porto Alegre: FI, 2023.
ESSE amor que nos consome. Direção: Allan Ribeiro. Produção: Ana Alice De Morais. [Rio de Janeiro]: 3 Moinhos, 2012. 1 vídeo (80 min).
FIGUEIREDO, R. C. C. Músculos, Exú e axé no realismo performativo de Esse amor que nos consome. Significação, São Paulo, v. 47, n. 54, p. 141-158, jul./dez. 2020. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/significacao/article/view/160170/161863. Acesso em: 5 abr. 2022.
GLUSBERG, J. A arte da performance. São Paulo: Perspectiva, 2013.
HALBERSTAM, J. The queer art of failure. Durham: Duke University Press, 2011.
KARTUN, M. El teatro teatra. In: DUBATTI, J. (org.). El teatro teatra: nuevas orientaciones en teatrología. Bahía Blanca: EdiUNS, 2009.
LEHMANN, H.-T. Teatro pós-dramático e teatro político. In: GUINSBURG, J.; FERNANDES, S. (org.). O pós-dramático. São Paulo: Perspectiva, 2009.
LIGIÉRO, Z. (org.). Performance e antropologia de Richard Schechner. Rio de Janeiro: UNIRIO, Núcleo de Estudos das Performances Afro-Ameríndias : Mauad X, 2012.
MACÉ, M. Siderar, considerar: migrantes, formas de vida. São Paulo: Bazar do Tempo, 2018.
MELLO, J. G.; LIMA, M. X. Dissenso e formas de visibilidade no cinema brasileiro: diálogos entre Inabitáveis e Esse amor que nos consome. Ação Midiática, Curitiba, n. 23, p. 108-125, jan./jun. 2022. Disponível em: http://dx.doi.org/10.5380/am.v23i1.82557. Acesso em: 5 abr. 2022.
MIGLORIN, C. (org.). Ensaios no real: o documentário brasileiro hoje. Rio de Janeiro: Azougue, 2010.
MBEMBE, A. Necropolítica: biopoder, soberania, estado de exceção, política da morte. São Paulo: n-1 edições, 2018.
MARQUES, Â. C. Apresentação. In: RANCIÈRE, J.; JDEY, A. O método da cena. Belo Horizonte: Quixote+Do, 2021.
NANCY, J.-L. The evidence of film. Bruxelles: Yves Gevaert, 2001.
NAUGRETTE, C. Esthétique théatrâle. Paris: Armand Colin, 2007.
PAVIS, P. A encenação contemporânea: origens, tendências e perspectivas. São Paulo: Perspectivas, 2013.
RANCIÈRE, J. O espectador emancipado. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2012.
RANCIÈRE, J.; JDEY, A. O método da cena. Belo Horizonte: Quixote+Do, 2021.
RUFINO, L. Pedagogia das encruzilhadas. Rio de Janeiro: Mórula, 2018.
SAFATLE, V. O circuito dos afetos: corpos políticos, desamparo e o fim do indivíduo. São Paulo: Cosac Naify, 2015.
SEDGWICK, E. K. Leitura paranoica e leitura reparadora, ou, você é tão paranoico que provavelmente pensa que este ensaio é sobre você. Remate de Males, Campinas, v. 40, n. 1, p. 389-421, jan./jun. 2020. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/remate/article/view/8658630 Acesso em: 24 jul. 2023.
SELIGMANN-SILVA, M. A virada testemunhal e decolonial do saber histórico. Campinas:
Editora Unicamp, 2022.
SODRÉ, M. As estratégias sensíveis: afeto, mídia e política. Petrópolis: Vozes, 2006.
SOUZA, S. F.; BOGADO, A.; CARDOSO FILHO, J. Abraços possíveis: interdições e resistências na exibição cinematográfica de imagens periféricas. Aniki, Coimbra, v. 10, n. 2, p. 146-171, 2023. Disponível em: https://doi.org/10.14591/aniki.v10n2.984. Acesso em: 24 jul. 2023.
TAYLOR, D. O arquivo e o repertório: performance e memória cultural nas Américas. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2013.
TAYLOR, C. Sources of the self: the making of the modern identity. Cambridge: Harvard University Press, 1989.
XAVIER, T. Camadas de espaço-tempo em Era o Hotel Cambridge e Esse amor que nos consome: o trabalho da direção de arte na fronteira entre documentário e ficção. Rebeca, São Paulo, v. 8, n. 2, p. 195-212, jul./dez. 2019. Disponível em: https://doi.org/10.22475/rebeca.v8n2.623. Acesso em: 5 abr. 2022.
WOSNIAK, C. Corpo, dança e alma do gesto: a criação de um ícone cinético pelo viés da crítica genética. In: SANTAELLA, L.; MOTTA, E. (org.). Dança sob o signo do múltiplo. Barueri: Estação das Letras e Cores, 2020.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 RAFAEL TEIXEIRA
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License.
Os autores que publicam nessa revista devem concordar com os seguintes termos relativos aos Direitos Autorais:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista Contemporanea e à Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
