O corpóreo e a erupção da bestialidade em Carne e Sozinho Contra Todos, de Gaspar Noé // The bodily and the eruption of bestiality in Meat and I Stand Alone, by Gaspar Noé
DOI:
https://doi.org/10.9771/contemporanea.v16i3.25975Palavras-chave:
Cinema do corpo, Imagens hápticas, Gaspar Noé // Body Cinema, Haptic images, Gaspar NoéResumo
Resumo: Procura-se apontar de que modo os procedimentos estéticos do diretor franco-argentino Gaspar Noé acabam por realizar uma proposta de cinematografia radical que estabelece uma tensão no compartilhamento sensorial entre o corpo da tela, o corpo da câmera e o corpo do espectador. Carne (1991) e Sozinho Contra Todos (1998) narram a história de vida do Açougueiro, um cidadão à margem da sociedade metropolitana francesa, marcada por represamentos afetivos que o comprimem e levam a cometer ações bestiais marcadas por ‘enganos’, equívocos que o prejudicarão para sempre.O corpo cinematográfico de Noé faz uso da imagem e do som hápticos, trilhando um caminho batailleano - através da transgressão, da sensorialidade e da experimentação do abjeto -, e através deles busca induzir no espectador o que denominamos afeto carnal e corporeidade imanente como forma de pontuar as questões sociais e éticas propostas pelo diretor. Abstract: It is tried to point out how the aesthetic procedures of the French-Argentine director Gaspar Noé end up making a proposal of radical cinematography that establishes a tension in the sensorial sharing among the body of the screen, the body of the camera and the body of the spectator. Meat (1991) and I Stand Alone (1998) chronicle the life history of the Butcher, a citizen on the fringes of French metropolitan society, marked by affective imprisonments that compel him to commit bestial actions marked by ‘mistakes’, mistakes that will do him harm forever. The cinematographic body of Noé makes use of haptic image and sound, traversing a Bataillean path - through transgression, sensoriality and experimentation of the abject - and by them seeks to induce in the viewer what we call carnal affection and immanent corporeity as a way of punctuating the social and ethical questions proposed by the director.Downloads
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