Indústria fonográfica e oficinas de sonoridades: a inovação musical como micropolítica da escuta // Music Industry and sounds workshops: musical innovation as micro-politics of listening
DOI:
https://doi.org/10.9771/contemporanea.v10i1.5665Palabras clave:
indústria cultural, música, escuta, inovação, micropolítica.Resumen
O texto rediscute a idéia acerca da inovação na música, partindo de uma problematização do pensamento estético adorniano, tanto em sua fase crítica que, em parceiria com Horkheimer, cunhou o conceito de indústria cultural, quanto em seus escritos específicos sobre estética musical. Para o autor, as premissas da criação musical na modernidade se bifurcam em: erudita (séria) e popular (ligeira). A primeira como um desafio intelectualmente comprometido, a segunda, por seu turno, produzida sob a rubrica da indústria fonográfica, expressão do rebaixamento experiência estética e atrofia do exercício da subjetividade pensante ou, no limite, como exemplar da barbárie estilística. Tenta-se apontar as pertinências e os equívocos da filosofia musical de Adorno, ao demonstrar que os pressupostos de inovação que o autor propõe ora predeterminam a criação, ora desprezam aspectos artísticos inapreensíveis pelo alcance de seu escopo conceitual. A insuficiência da musicologia denuncia-se tanto no que diz respeito à priorização do material sonoro como definidor de valor estético quanto à inobservância às conseqüências imprevisíveis advindas da experiência da escuta permeada pelo sistema midiático. Interpelamos se não seria possível pensar a inovação musical como um investimento de experimentação em cujo processo está implícita uma postura política de resistência aos axiomas estabilizados pelos hábitos dominantes de escuta, atestado no paradigma do grupo Oficina de Música Viva.Descargas
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Os autores que publicam nessa revista devem concordar com os seguintes termos relativos aos Direitos Autorais:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista Contemporanea e à Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.