O diário como dispositivo e o efeito de eu no cinema: Akernam e Perlov // Diary as device and the role of self in filmmaking: Akerman and Perlov

Autores

  • Roberta Oliveira Veiga Universidade Federal de Minas Gerais
  • Carla Apolinário Italiano UFMG

DOI:

https://doi.org/10.9771/contemporanea.v13i3.13864

Palavras-chave:

cinema diário 1. Chantal Akerman 2. David Perlov 3

Resumo

Nesse artigo, nos interessa entender o que está em jogo quando no cinema a dimensão autobiográfica se modula em um filme-diário. É possível pensar a forma “diário” como um dispositivo que garante certas especificidades para a escrita de si no cinema? O que caracteriza esse dispositivo de forma a circunscrever um método de filmagem e de instituição do eu? Pensar o diário como dispositivo nos permite delimitar certas estratégias de filmagem, através da qual a subjetividade é construída em sua forma de aproximação e relação com o mundo e a alteridade. Para testar essa hipótese, e inferir a potência política e histórica que essa prática pode alcançar, trabalhamos com os cineastas David Perlov (Diário 1973-1983) e Chantal Akerman (Là-Bas).

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Biografia do Autor

Roberta Oliveira Veiga, Universidade Federal de Minas Gerais

É doutora em Comunicação Social pela UFMG desde 2008, quando defendeu a tese A estética do confinamento: o dispositivo no cinema contemporâneo. Foi pesquisadora e professora visitante na Universidade do Texas em Austin, onde lecionou a disciplina Brazilian Cinema and Marginality: a comparison of documentary and fiction films, junto ao Departamento de Radio-Televisão-Cinema, Escola de Comunicação. Atualmente é professora adjunta do Departamento de Comunicação Social na FAFICH-UFMG e professora colaboradora no Programa de Pós-Gradução em Comunicação na mesma instituição. Integra a equipe de editores da revista Devires – Cinema e Humanidades e o comitê de organização do forumdoc.bh (Festival de Cinema Documentário e Etnográfico de Belo Horizonte). É pesquisadora do grupo Poéticas da Experiência (UFMG), junto ao qual desenvolve a pesquisa “A escrita de si pela imagem: cinema, história e espetáculo”. Acaba de traduzir o livro Nothing Happens: Chantal Akerman’s Hyperrealist Everyday, de Ivone Margulies, para o português

Carla Apolinário Italiano, UFMG

Carla Italiano é mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFMG; produtora na Associação Filmes de Quintal e integra a equipe de organizadores do Forumdoc.bh (Festival do Filme Documentário e Etnográfico).

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Publicado

2016-03-16