A formatação da audição (A instituição sóciohistórica dos modos de escuta musical) // The hearing formatting (the inscription of musical listening modes in the field of tonality)

Autores

  • Monclar Valverde IHAC-UFBA

DOI:

https://doi.org/10.9771/contemporanea.v10i1.5826

Palavras-chave:

Audição, instituição, música

Resumo

Enquanto atividade voltada ao compartilhamento, a expressão musical (assim como qualquer forma de expressão, embora de maneira diferente) está submetida a um quadro de referências, que é de caráter histórico e social, e que, portanto, a ultrapassa, mas, ao mesmo tempo, a viabiliza, como horizonte que serve de fundo a sua aparição. Ao condensar, de forma espontaneamente seletiva, a práxis receptiva que lhe serve de referência (tanto no espaço quanto no tempo), tal enquadramento situa e determina a escuta, diferenciando-a em gêneros, formas e formatos. Ao mesmo tempo, a explicitação dessa delimitação provoca novas iniciativas expressivas e estabelece uma tradição criativa. Desse modo, tal campo de diferenciações e gradações estilísticas é o que há em comum entre as propostas poéticas e sua vigência estética, a ponte entre os criadores e seu(s) públicos(s) e a ponte entre as manifestações musicais das diversas épocas. Nossa reflexão procura mostrar o que está por trás do modo como escutamos o que ouvimos (e o que não ouvimos...), e o que nos torna capazes de identificar-lhe a forma, atribuir-lhe sentido e conferir-lhe valor, procurando relativizar a importância atribuída à produção do presente.

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Biografia do Autor

Monclar Valverde, IHAC-UFBA

Doutor em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1996), com pós-doutorados em Teoria da Comunicação (Paris V, 2002) e Filosofia (UFPR, 2008). Possui graduação em Física pela Universidade Federal da Bahia (UFBA, 1975) e mestrado em História pela Universidade Estadual de Campinas (1986). É professor adjunto na Universidade Federal da Bahia. Tem experiência nas áreas de filosofia e comunicação, com ênfase em estética da comunicação, fenomenologia da expressão e hermenêutica da sensibilidade, atuando principalmente nos seguintes temas: comunicabilidade, experiência estética, arte, gosto, expressão, sentido e sensibilidade. Lidera o Grupo de Pesquisa sobre Estética e Existência e é também músico e pesquisador da canção popular. Em sua produção, destacam-se os cds Word Music (2003) e Cinema Imaginário (2004) e os livros Objetos de Papel (Letras da Bahia, 2000), Estética da Comunicação (Quarteto, 2007) e Merleau-Ponty em Salvador (Arcádia, 2008).

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Publicado

2012-06-11

Edição

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