ARRASTÃO DO PAVULAGEM, COMUNICAÇÃO E AFETIVIDADES: SOCIABILIDADES E ENTRETENIMENTO EM TEMPOS PANDÊMICOS
DOI:
https://doi.org/10.9771/contemporanea.v21i1.54565Palavras-chave:
Arrastão do Pavulagem, Redes Sociais Digitais, EntretenimentoResumo
O presente artigo busca compreender de que forma as práticas de comunicação atravessaram o evento cultural paraense Arrastão do Pavulagem, durante os anos de 2020 e de 2021 (o período de maior intensidade da pandemia de covid-19), e os sujeitos envolvidos em sua preparação e execução, por meio das práticas de sociabilidade que permeiam os cortejos que constituem o evento. O trabalho busca analisar como foi possível, por parte destes sujeitos, estar juntos uns aos outros durante os eventos digitais realizados no ambiente on-line, em um momento no qual este ambiente era o único considerado seguro para o estabelecimento das trocas e práticas de comunicação entre sujeitos; e quais os sentimentos e sensações acionados na subjetividade de cada um, a partir das práticas de comunicação. Serão evocadas as contribuições dos postulados de França (2008), sobre práticas de comunicação enquanto interações entre sujeitos; Simmel (1983), quanto a práticas de sociabilidade; Maffesoli (1998, 2016), sobre a vivência e a partilha dos afetos; e Halbwachs (2013), acerca da memória coletiva. Como resultados, pode-se mencionar que os processos de comunicação dos sujeitos envolvidos no Arrastão do Pavulagem sofreram alterações com a retirada dos cortejos das ruas do centro da cidade de Belém: os sites de redes sociais, tais como a página do Facebook e a plataforma de vídeos YouTube do Arraial do Pavulagem tornaram-se palco dos encontros, a partir da ocorrência expressiva de interações e (com) partilhamentos entre os usuários presentes na rede social digital.
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