Ocorrência do bullying e sua correlação com as escalas psicométricas SCARED e CDI, o consumo de álcool e a automutilação em escola pública municipal de Salvador, Brasil
DOI :
https://doi.org/10.9771/cmbio.v16i3.24388Mots-clés :
Bullying. Violência. Adolescente. Instituição Acadêmica. Escala psicométrica.Résumé
Introdução: bullying ocorre entre 5% e 35% dos estudantes, podendo gerar psicopatologias. Objetivos: verificar a incidência de “prática” e “vitimização” por bullying e correlações com as escalas SCARED e CDI; álcool; “pensamentos de ferir-se” e “comportamentos de ferir-se de propósito”. Metodologia: foi realizado cálculo da ocorrência da forma direta de agressão em setenta e um escolares, com idade entre doze e dezessete anos, no contexto de estudo oferecendo treinamento baseado na Terapia Cognitiva Processual. Foi também calculada a correlação de Pearson e a análise de regressão linear, bem como a estatística descritiva da amostra (média e desvio padrão). Resultados: 54,93% eram meninas. Idade média: 13.92 anos. Meninos praticaram mais e meninas sofreram mais bullying. 56,35% reportaram envolvimento com agressão: 35,22% como vítimas, 21,13% como agressores e 14,09% como vítimas/agressores. “Pensar em ferir-se” e “ferir-se de propósito” possuem correlação moderada e positiva com a prática de bullying e a escala SCARED apresentou associação fraca, mas significativa com o sofrer bullying. A análise de regressão mostrou que: 1) “pensar em ferir-se” tem possibilidade de predizer significantemente a prática de bullying e explica 15% de sua variância; 2) “ferir-se de propósito” tem potencial para predizer a prática da agressão, explicar 18% de sua variância e para predizê-la significativamente. A Scared associada com sofrer bullying explica 9% da variância e foi capaz de predizer o sofrer bullying. Não houve correlação com CDI e uso de álcool. Conclusão: a ocorrência de violência na escola é alta, sugerindo-se psicoeducação sobre bullying no ambiente escolar, tanto para os pais quanto para a população em geral.
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