Inflexões índicas na diáspora atlântica e nas dinâmicas do trato de seres humanos na África Centro-Oriental, ao longo do século XIX
DOI:
https://doi.org/10.9771/aa.v0i70.62788Palavras-chave:
Século XIX, Moçambique, Nações diaspóricas, Quelimane, Ilha de Moçambique, Tráfico de EscravizadosResumo
Tendo em vista os fluxos de africanos centro-orientais em direção às sociedades americanas, especialmente Cuba e Brasil, a partir da década de 1820, o objetivo do artigo é reafirmar sua presença na escravidão oitocentista, bem como examinar as dinâmicas do tráfico na África Centro-oriental, seja avaliando processos de razia e apreensão, seja detalhando o envolvimento de interesses variados. Concentrações de armadores, donos de navios, mercadores de muitas nacionalidades, articulados entre si e em torno de centros de poder e da administração portuguesa -- a ilha de Moçambique, os xecados e sultanatos da costa, o porto de Quelimane, os prazos da Zambézia -- deram conta de volumes crescentes, estendendo no tempo as atividades do recrutamento compulsório. Processos históricos que alteraram profundamente a eventual estabilidade de sociedades africanas já fragilizadas por outras circunstâncias traumáticas. Compilando fontes e referenciando a bibliografia, insiste-se no fato de que as trajetórias dos “moçambiques” em diáspora, sintetizadas na primeira parte, foram precedidas por percursos de deslocamentos e lastros em histórias africanas que devem ser levadas em conta.
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