Zimbos e Libongos

a moeda na Capitania Geral do Reino de Angola (1570-1648)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.9771/aa.v0i69.56443

Palavras-chave:

Império Colonial Português (século XVII) , Angola , Sistema monetário, História da moeda, Zimbo, Libongo

Resumo

Desde o século XVI, quando os portugueses estabelecem o controle do tráfico de escravizados na costa ocidental da África a partir do porto de São Paulo de Luanda, o uso das moedas locais, como o zimbo, caracterizaram a zona monetária dessa dimensão do Império Colonial português. Os portugueses apropriaram-se de práticas monetárias preexistentes e procuraram manter as trocas com base nessa moeda-mercadoria que tinha por base essas pequenas conchas encontradas sobretudo no litoral próximo à Luanda. Depois do curto domínio holandês, e a partir da restauração de 1648, a substituição da moeda local pelos panos libongos não conseguiu se sustentar por muito tempo, uma vez que essa nova moeda fiduciária perdia o seu valor e era objeto de grande contestação pelos moradores e interesses locais. Em 1694, os libongos seriam, então, substituídos por moedas de cobre.

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Biografia do Autor

Pedro Puntoni, Universidade de São Paulo

Graduação em História (1989), mestrado (1992) e doutorado (1998) em História Social e livre-docência (2010) em História do Brasil Colonial pela Universidade de São Paulo. É professor associado da Universidade de São Paulo (desde 1999), pesquisador do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pesquisador do Cebrap - Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (desde 1998), onde atualmente coordena o Núcleo de Cultura Digital. É membro (representante) do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) do Estado de São Paulo. Foi pesquisador visitante no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (2001), onde desenvolveu seu pós-doutoramento. Foi coordenador do Programa de Pós-graduação em História Econômica da USP (2005-2007). Foi Diretor da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin da USP (2007-2014) e coordenador do Projeto Brasiliana USP (responsável pelo desenvolvimento da biblioteca brasiliana digital - www.brasiliana.usp.br). Foi presidente do Conselho Supervisor do Sistema Integrado de Bibliotecas (SIBi) da USP (2010-2014). Tem experiência na área de História, com ênfase em História do Brasil Colônia, atuando principalmente nos seguintes temas: história indígena, história política, história militar, historiografia e arquivos. Tem desenvolvido pesquisas na área da Ciência da Informação, com especial interesse em bibliotecas digitais, e na área de Humanidades Digitais.
Linhas de Pesquisa:História Política, Escravidão e História Atlântica, História da Cultura, Brasil Colonial.

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Publicado

2024-10-21

Como Citar

PUNTONI, P. Zimbos e Libongos: a moeda na Capitania Geral do Reino de Angola (1570-1648). Afro-Ásia, Salvador, n. 69, p. 8–53, 2024. DOI: 10.9771/aa.v0i69.56443. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/afroasia/article/view/56443. Acesso em: 21 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos