Rompendo com o mundo que Gilberto Freyre criou
convergências entre o movimento negro e anticolonial no processo de emancipação e crítica à hegemonia cultural
DOI:
https://doi.org/10.9771/aa.v0i68.54586Palavras-chave:
Transnacionalismo Negro, Lusotropicalismo, Democracia Racial, História TransnacionalResumo
Como premissa teórica, o artigo parte de uma perspectiva transnacional para observar dois fenômenos e suas inter-relações. Primeiramente, nos interessa compreender, segundo a conjuntura internacional da emergência dos direitos humanos, o papel de Gilberto Freyre e suas teses na reaproximação entre Brasil e Portugal na década de 1950. Neste ponto, propomos entrecruzar os estudos sobre democracia racial e lusotropicalismo em prol de um entendimento interconectado desses conceitos e suas inter-relações na reconfiguração discursiva desses dois Estados. Em um segundo momento, entendendo o processo de emancipação cultural como estágio fundacional da organização política e do combate ao racismo e ao colonialismo, direcionamos nosso olhar à recepção e crítica das teses freyrianas por vozes do movimento negro brasileiro e lideranças da luta anticolonial em Portugal.
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