Neoliberalismo, Estado e território
as “guerras pela terra” na Índia
DOI:
https://doi.org/10.9771/aa.v0i67.51897Palavras-chave:
Zonas Econômicas Especiais, Corredor Industrial Delhi-Mumbai, Make in India, Desterritorialização, ìndiaResumo
O presente trabalho discute criticamente a implementação de Zonas Econômicas Especiais (ZEE) e a construção do Corredor Industrial Delhi-Mumbai (CIDM) como projetos que resultaram numa redistribuição regressiva da propriedade agrária na Índia após as reformas liberalizantes de 1991. Com base na análise de documentos oficiais, da legislação agrária e na discussão de protestos contra a desterritorialização, proponho uma releitura das estratégias do Governo da Índia para promover a disponibilização de terras para grandes empreendimentos. Contra a vertente que se apoia na noção de “regimes domésticos de despossessão”, argumento que as ZEE, o CIDM e o mais recente Make in India foram concebidos para atrair investimentos estrangeiros, transformar o país num “manufacturing hub” e aumentar o volume de exportações. Trata-se, portanto, de uma rearticulação da “dialética interior-exterior”, na qual as medidas coercitivas internas não são analiticamente separadas das estratégias para promover a maior inserção e competitividade da Índia no cenário global.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Luiz Enrique Vieira de Souza
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Você pode compartilhar, adaptar e utilizar livremente este trabalho para qualquer finalidade legítima, desde que mencione explicitamente a autoria e a publicação inicial nesta revista.