Por conta do desassossego que tem causado na praça da Bahia
tráfico, ultimatos e apreensões no Atlântico (1810-1815)
DOI:
https://doi.org/10.9771/aa.v0i65.44950Palavras-chave:
Apreensões, Bahia, Comércio negreiro, Atlântico, Costa da MinaResumo
Este artigo discute as primeiras interferências de cruzadores ingleses no comércio transatlântico de escravizados realizado por negociantes baianos entre 1811 e 1815. Entre outros aspectos, analisa-se as tensões geradas e os prejuízos causados ao comércio da Bahia em virtude de apreensões, julgamentos e condenações de embarcações negreiras na rota Salvador-Costa da Mina. Tais ações foram realizadas pelos britânicos sob a alegação de defesa do compromisso firmado no artigo X do Tratado de Aliança e Amizade, assinado 1810 entre Portugal e Inglaterra, no qual o governo português assumiu o compromisso de, gradualmente, pôr fim ao comércio de escravizados em seus domínios.
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