Um orixá desaparecido:
descobertas através de um museu silencioso
DOI:
https://doi.org/10.9771/aa.v0i64.42090Palavras-chave:
Coleção, Antropologia, Memória, Xangô, CandombléResumo
Este artigo é um recorte de uma tese de doutorado cujo objeto central é a Coleção Perseverança, composta de peças roubadas dos terreiros de Maceió em um episódio de repressão político-religiosa ocorrido em 1912. Abrigado pelo Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas, o acervo nunca foi objeto de estudos científicos. Esta pesquisa tenta preencher lacunas, traçando a grande transformação ritual e litúrgica sofrida pelo xangô alagoano. A partir de um processo de construção de um inventário desses objetos, uma investigação foi realizada em busca de seus usos originais para referenciá-los devidamente. A construção da biografia dos objetos foi realizada com a participação da comunidade religiosa afro-alagoana e baiana, privilegiando o conhecimento tradicional, a mitologia e o sistema cosmológico. Essas biografias também possibilitaram importantes descobertas, como uma divindade que desapareceu completamente do panteão local junto com seu conhecimento litúrgico – trata-se do orixá Baiani, considerado raro e atualmente só encontrado em alguns terreiros da Bahia.
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