Em busca da "redenção de Cam"
racialidade e interseccionalidade numa prisão de mulheres
DOI:
https://doi.org/10.9771/aa.v0i63.37182Palavras-chave:
Relações inter-raciais, Interseccionalidade, Branqueamento , Gênero, PrisãoResumo
O artigo tem como objetivo discutir os atravessamentos do constructo racial no Brasil e sua configuração em espaços intramuros, reconhecendo a prisão como um dos lócus que permanece pouco permeável ao processo de construção da identidade negra vivenciado nas últimas décadas no país. Discute-se os elementos formadores do racismo moderno, levando em conta as especificidades do contexto brasileiro frente à experiência fundante do sequestro e da escravização africana no período colonial e seus prolongamentos, através dos conceitos branqueamento, contrato racial e dispositivo da racialidade, como categorias de inteligibilidade do racismo contemporâneo e suas reinvenções em sociedades que vivenciaram a escravidão moderna. Tais categorias são analisadas a partir dos relatos sobre relações inter-raciais elaborados por uma mulher cisgênero e um homem transgênero, reclusas (os) numa prisão em São Paulo, e revelam como as opressões vividas de modo interseccional, pelas presas racializadas, lhes impõem dificuldades adicionais ao processo de reconhecimento da identidade negra.
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