A estética da exclusão: imigrantes chineses em culturas visuais brasileiras na virada do século XX

Autores

  • Ana Paulina Lee Columbia University

DOI:

https://doi.org/10.9771/aa.v0i60.28716

Palavras-chave:

dinastia Qing - cidadania - abolição - China - teorias raciais.

Resumo

Este artigo examina os processos que levaram trabalhadores chineses ao Brasil, analisando documentos escritos por diplomatas e funcionários da dinastia Qing que viajaram ao Brasil para abrir rotas de imigração chinesa. As autoridades Qing utilizavam nesse contexto uma palavra que pode significar tanto imigração quanto colonização (yizhi). O Brasil, para eles, apresentava-se como uma opção viável tanto para a colonização quanto para a imigração devido ao seu vasto território e a suas leis de cidadania inclusivas. Discuto as questões levantadas por intelectuais ligados ao governo Qing sobre a abertura de rotas de imigração e comércio entre a China e o Brasil, em relação às preocupações dos abolicionistas brasileiros com a emancipação, a independência nacional e o desejo de branquear a composição racial da nova nação. Este artigo explora o que chamo de estética da exclusão para descrever a produção e a circulação de culturas visuais sobre os chineses enquanto raça, as quais contribuem para o discurso global da exclusão chinesa como uma necessidade da modernização brasileira e de seu investimento no branqueamento.

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Biografia do Autor

Ana Paulina Lee, Columbia University

Latin American and Iberian Cultures, 19th and 20th century Brazilian cultural studies

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Publicado

2020-07-07

Como Citar

LEE, A. P. A estética da exclusão: imigrantes chineses em culturas visuais brasileiras na virada do século XX. Afro-Ásia, Salvador, n. 60, 2020. DOI: 10.9771/aa.v0i60.28716. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/afroasia/article/view/28716. Acesso em: 25 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos