Marku Ribas: encruzilhadas afro-sônicas através da diáspora

Autores

DOI:

https://doi.org/10.9771/aa.v0i61.26394

Palavras-chave:

Marku Ribas, Atlântico Negro, música afrodiaspórica, Negritude, Pan-africanismo, Soul, Funk.

Resumo

Este ensaio pretende explorar a música do cantor, compositor e multi-instrumentista Marku Ribas. Utilizando-se das chaves teóricas propostas por Paul Gilroy, assim como de correntes epistemológicas como a Negritude[1] e o pan-africanismo, para abarcar o conteúdo estético e político da obra de Marku, situada numa estrutura rizomórfica da afrodiáspora, assim como de reafirmação de uma identidade negra. O texto está dividido em três seções. O ensaio primeiro discute a trajetória do músico antes de sua viagem, em 1968, à França. Posteriormente, há a análise do disco do grupo em que Marku Ribas participou em Paris, o Batuki. E, por último, uma discussão sobre seus dois primeiros discos solo, gravados em 1972 e 1975.

Palavras-chave: Marku Ribas - exílio - música do Atlântico negro - afrodiáspora; pan-africanismo.

 

Abstract:

This essay explores the music of singer, songwriter, and multi-instrumentalist Marku Ribas. By using theoretical ideas proposed by Paul Gilroy, and epistemological lines of thought such as Négritude and pan-Africanism, this essay illustrates the expression of a rhizomorphic structure of African diaspora and a reaffirmation of black identity as seen in Marku’s oeuvre. Divided into three sections, the essay first discusses the musician’s trajectory before his trip to France in 1968. The analysis then turns to the group Batuki’s homonymous album, of which Marku participated in Paris. Lastly, the essay closes with an examination of his first two solo albums, which were recorded in 1972 and 1975.

Keywords: Marku Ribas – exile – music of the black Atlantic – African diaspora – pan-Africanism.


[1]       Neste artigo utilizamos as palavras “Negritude” e “negritude” com diferentes significados: a primeira com “N” maiúsculo se refere ao movimento da Négritude de Cesáire, Senghor e Damas, movimento político-literário da década de 1930 desenvolvido pelos autores em Paris, França. Já a grafia com “n” minúsculo se refere a um conceito multifacetado: “negritude passou a ser um conceito dinâmico, o qual tem um caráter político, ideológico e cultural. No terreno político, negritude serve de subsídio para a ação do movimento negro organizado. No campo ideológico, negritude pode ser entendida como processo de aquisição de uma consciência racial. Já na esfera cultural, negritude é a tendência de valorização de toda manifestação cultural de matriz africana. Portanto, negritude é um conceito multifacetado, que precisa ser compreendido à luz dos diversos contextos históricos.”. Petrônio Domingues, “Movimento da negritude: uma breve reconstrução histórica”, Mediações – Revista de Ciências Sociais, Londrina, v. 10, n. 1 (2005), pp. 25-40. É também uma alternativa de tradução do termo blackness.

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Biografia do Autor

Stephen Bocskay, Universidade Federal de Pernambuco

Comunicação

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Publicado

2020-11-07

Como Citar

QUEIROZ, R. P. F. de; BOCSKAY, S. Marku Ribas: encruzilhadas afro-sônicas através da diáspora. Afro-Ásia, Salvador, n. 61, 2020. DOI: 10.9771/aa.v0i61.26394. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/afroasia/article/view/26394. Acesso em: 25 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos