O culto dos mortos da nobre nação de Benguela na experiência devocional do Rosário dos Homens Pretos São João del-Rei, MG (1793-1850)
DOI:
https://doi.org/10.9771/aa.v0i58.23247Palavras-chave:
ancestralidade, diáspora atlântica, identidades e liturgia da morteResumo
Este artigo se propõe a analisar os significados da liturgia da morte católica, redimensionada pela Nobre Nação de Benguela, reinado desenvolvido no interior da Irmandade do Rosário de São João del-Rei, com o objetivo de potencializar a caridade aos seus irmãos mortos de nação. Por meio da encomendação de sufrágios para o livramento dos seus parentes das penas do purgatório, difundiu-se, nesse reinado, uma devoção peculiar às almas milagrosas, reconhecidas nas almas dos parentes de nação filiados à Nobre Nação. Ao longo da exposição, apresenta-se a herança da ancestralidade centro-africana, enquanto elemento dinâmico capaz de fornecer suportes para a reconstituição de identidades atlânticas. Para isso, utilizamos o Livro de Missas da Nobre Nação, os depoimentos testamentários, os assentos de óbitos, os relatos de missionários e a documentação confrarial da Irmandade.
Palavras-chave: ancestralidade - diáspora atlântica - identidades e liturgia da morte.
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