A “Seara” ainda é indígena? O Ceará enquanto um não-lugar para os índios (1812-1820)

Autores

  • João Paulo Peixoto Costa Universidade Federal do Piauí

DOI:

https://doi.org/10.9771/rvh.v5i2.48714

Palavras-chave:

Índios, Não-lugar, Ceará, Cotidiano

Resumo

Durante praticamente todo o período colonial, a capitania do Ceará se configurou, usando o termo de Manuel Coelho Albuquerque, como uma “seara indígena”, ou seja, um espaço onde o poder administrativo da coroa portuguesa chegava de forma fraca e que era povoado, majoritariamente, tanto por povos que lá encontravam refúgio ou por índios nativos.
Porém, o enrijecimento das políticas populacionais do final do século XVIII e início do XIX transformaram aquela região num lugar cada vez mais disciplinado e monitorado, ou num “nãolugar” para os indígenas que lá habitavam, antigos donos do Ceará. Mas observando que, mesmo inseridos nesta nova realidade, os índios não agiram pacificamente diante destas ações governamentais, este artigo pretende analisar, de forma geral, as diversas maneiras pelas quais os nativos reinventaram seus cotidianos neste velho “confim” do império de Portugal.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALBUQUERQUE, Manuel Coelho. Seara indígena: deslocamentos e dimensões

identitárias. Dissertação de mestrado, Universidade Federal do Ceará, 2002.

ALMEIDA, Maria Regina Celestino de. Os índios aldeados no Rio de Janeiro

colonial: novos súditos cristãos do império português. Tese de doutorado, UNICAMP,

CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano: 1. Artes de fazer. Petrópolis: Vozes,

FOUCAULT, Michel. La pussière et le nuage. In: PERROT, Michelle. L’impossible

prison: recherches sur le système pénitentiaire au XIXe

Siècle. Paris: Editions du Seuil,

KOSTER, Henry. Viagens ao nordeste do Brasil. Rio de Janeiro, São Paulo, Fortaleza:

ABC Editora, 2003.

LEITE NETO, João. A participação do trabalho indígena no contexto da produção

algodoeira da capitania do Ceará (1780 – 1822), Dissertação de Mestrado,

Universidade Federal de Pernambuco, 1997.

Downloads

Publicado

2022-05-24

Edição

Seção

Artigos para Dossiê