A irmandade de Nossa Senhora da Conceição de Porto Alegre em foco: notas de pesquisa sobre protagonismo e sociabilidade negra

Autores

  • Vinicius Furquim de Almeida UNISINOS

DOI:

https://doi.org/10.9771/rvh.v9i1.48038

Palavras-chave:

Associativismo, Irmandade, Trajetória

Resumo

Este artigo tem por objetivo expor algumas notas de pesquisa sobre a Irmandade de Nossa Senhora da Conceição de Porto Alegre, considerando este espaço como um local de associativismo de indivíduos que no século XIX são classificados na categoria racial de pardos. Além disso, são pontuados aspectos relacionados à pesquisa arquivística efetuada no fundo documental pertinente a irmandade em questão e, para tanto, são levadas em consideração algumas prerrogativas da vertente historiográfica conhecida como “micro história”.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

AZEVEDO, Celia Maria Marinho de. Onda negra, medo branco: o negro no imaginário das elites (século XIX). Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

CASTRO, Hebe Maria da Costa Mattos Gomes de. Ao sul da história: lavradores pobres na crise do trabalho escravo. São Paulo: Editora brasiliense s.a, 1987.

DOSSE, François. Renascimento do Acontecimento. Um desafio para o historiador: entre Esfinge e Fênix. São Paulo, Editora Unesp, 2013.

FRAGOSO, João Luís Ribeiro. Afogando em nomes: temas e experiências em história econômica. In Revista Topoi, Rio de Janeiro, set. 2002, p. 41-70.

GINZBURG, Carlo. O nome e o como: troca desigual e mercado historiográfico. In: _____. A micro-história e outros ensaios. Lisboa/Rio de Janeiro: Difel/ Bertrand Brasil, 1989a.

_____. Sinais, raízes de um paradigma indiciário. In:______. Mitos, emblemas e sinais. Morfologia e história. São Paulo: Companhia das Letras, 1989b.

IMÍZCOZ, José María. Actores, redes, processos: reflexiones para una historia más global. In Revista da Faculdade de Letras – História. Porto: vol.5, III série, 2004, p.115-140.

KABENGELE, Daniela do Carmo. As narrativas e os arranjos da terminologia racial no período escravista brasileiro: o caso de Antônio Ferreira Cesarino. In Revista História e Perspectiva. Uberlândia: v. 53, p. 401-422, ja./jun. 2015.

______. As inflexões do termo pardo na trajetória de Antônio Ferreira Cesarino (campinas, século XIX). In Revista Juiz de Fora. Juiz de Fora: v.4, n.1 e 2, p.101 a 112, jan./dez. 2009.

LIMA, Henrique Espada. A micro história italiana: escala indícios e singularidades. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006.

LORIGA, Sabina. O pequeno x: da biografia à história. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2011.

MARQUES, Letícia Rosa. Nos caminhos da música e da história: uma reflexão sobre a trajetória do maestro Joaquim José de Mendanha no Rio Grande do Sul do século XIX. In Revista Oficina do Historiador. Porto Alegre: suplemento especial, I EPHIS/PUCRS, 27 a 29.05.2014, p.1174-1186.

MATTOS, Hebe Maria. Das cores do silêncio: os significados da liberdade no Sudeste escravista (Brasil, século XIX). Campinas: Unicamp, 2013.

MOREIRA, Paulo R. S. O Aurélio era preto: trabalho, associativismo e capital relacional na trajetória de um homem pardo no Brasil Imperial e Republicano. In Revista Estudos Ibero-Americanos (PUCRS). Porto Alegre: v.40, n.1, p.85-127, jan.-jun. 2014.

MÜLLER, Liane S. As contas do meu rosário são balas de artilharia. Porto Alegre: Pragmatha, 2013.

PESAVENTO, Sandra Jathay. A emergência dos subalternos: trabalho livre e ordem burguesa. Porto Alegre: Editora da Universidade/UFRGS, 1989

REGINALDO, Lucilene. Rosário dos Pretos, “são Benedito de Quissama”: irmandades e devoções negras no mundo atlântico (Portugal e Angola, século XVIII). In Revista Stud. histo., Hª mod. (Universidade de Salamanca). Salamanca: 38, nº 1, pp.123-151, 2016.

_____. Os Rosários dos Angolas: irmandades de africanos e crioulos na Bahia Setecentista. São Paulo: Alameda, 2011.

REVEL, Jacques. Micro-história, macro-história: o que as variações de escala ajudam a pensar em um mundo globalizado. In Revista Brasileira de Educação. Rio de Janeiro: vol. 15, n. 45, set./dez. 2010, p. 434-444.

_____. A história ao rés do chão. In: LEVI, Giovanni. A herança imaterial: trajetória de um exorcista no Piemonte do século XVII. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000.

RUSSELL-WOOD, A. J. R. Escravos e libertos no Brasil Colonial. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005.

SCARANO, Julita. Devoção e Escravidão: A Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos no Distrito Diamantino no Século XVIII. São Paulo: Editora Brasiliana, 1976.

SCHWARCZ, Lilan Moritz. O espetáculo das raças: cientistas, instituições e questões raciais no Brasil – 1870-1930. São Paulo: Companhia das Letas, 1993.

SILVEIRA, Éder. A cura da raça: eugenia e higienismo no discurso médico sul-rio-grandense nas primeiras décadas do século XX. Passo Fundo: Ed. Universidade de Passo Fundo, 2005.

SOARES, Mariza de Carvalho. Devotos da cor. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000.

TAVARES, Mauro Dillman. Irmandades, Igreja, devoção no sul do império do Brasil. São Leopoldo: Oikos, 2008.

TOMICH, Dale. A ordem do tempo histórico: a Longue Durée e a Micro-História. In Revista Almanack (UNIFESP). São Paulo: n. 2, dez. 2011, p. 38-51.

VIANA, Larissa. O idioma da mestiçagem. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2007.

XAVIER, Regina Célia L. Religiosidade e escravidão no século XIX: mestre Tito. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2008.

WEBER, Beatriz Teixeira. As artes de curar: medicina, religião, magia e positivismo na república rio-grandense – 1889/1928. [Tese de doutorado defendida na Unicamp, 1997].

Downloads

Publicado

2016-08-05