“Nolite arbitrari qua venerim mittere pacem in terram; non veni pacem mittere sed gladium”: a guerra como fundamento de justiça contra os inimigos da fé (séc. XIII-XV)

Autores

  • Michele de Araújo PPGHIS/UnB

DOI:

https://doi.org/10.9771/rvh.v10i2.47939

Palavras-chave:

Guerra, Paz, Justiça

Resumo

A doutrina cristã prega uma mensagem de “paz”. A dificuldade dos pensadores cristãos foi justamente a de conciliar as exigências de paz e justiça com a guerra. Partindo desse problema – da construção discursiva da legitimação da guerra contra os inimigos da fé – analisaremos a iluminura constante na Summa de Virtutibus et Vitiis de Guilherme Peraldo (séc. XIII), e as obras, Estado e Pranto da Igreja, de Álvaro Pais (séc. XIV), e o Fortalitium Fidei, de Alonso de Espina (séc. XV). Para esses teólogos, não se condena a guerra, como antítese da paz, mas ao contrário, faz-se a guerra para conquistar a paz e, assim, poder fazer justiça. Os milites christi tinham como objetivo estender o reino de Cristo ao mundo dos homens através da espada. O ato de pegar em armas torna-se quase um sacramento (um ato de consagração a Cristo). A missão do bom soldado seria a de pacificar os homens, manter e defender o cristianismo e vencer os infiéis. Somente assim se poderia atingir a justiça proclamada por Deus.

 

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Publicado

2017-12-31

Edição

Seção

Artigos para Dossiê