Dançafórum porque o corpo atua cognitivamente como fórum
DOI:
https://doi.org/10.9771/rr.v1i38.45975Palavras-chave:
Dança. Fórum. Corpo. Dualismos. Emancipação.Resumo
A pesquisa tem objetivado desocultar a característica cognitiva de que o corpo, qualquer corpo – com as devidas especificidades – é um fórum, uma “democracia neuronal”, uma comunidade que se estende por todo ele e pelo mundo. Essa proposta de dançafórum também tem inspiração no termo “teatro-fórum” de Augusto Boal. Dançamos – em improvisações coletivas ou pessoais, ou com técnicas de passos codificados – com a compreensão de que o corpo atua como um fórum dialogado, entrecortado, opinado, contradito, consensuado, simultâneo. Tais procedimentos metodológicos impulsionam uma ação de esperançar a emancipação estendida no mundo. Concluímos que a dançafórum é a favor do corpo, das contradições, dores, sentimentos, rede sanguínea, respiração, ideias. A favor dos não dualismos impostos como forma de dominação, tão contra aos modos cognitivos do corpo.
Downloads
Referências
ADORNO, Theodor W. Educação e emancipação. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2003.
AGAMBEN, Giorgio. O que é o contemporâneo? E outros ensaios. Chapecó, SC: Argos, 2009.
BOAL. Augusto. A estética do orpimido. Rio de Janeiro: Garmond, 2009.
BOAL. Augusto Pinto. Teatro do Oprimido e outras poéticas políticas. 6ª Ed. Rio Janeiro: Civilização Brasileira, 1991.
CHURCHLAND, Paul. Matéria e consciência. Uma introdução contemporânea à filosofia da mente. São Paulo: Editora UNESP, 2004.
DAMÁSIO. António R. E o cérebro criou o homem. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.
DAWKINS, Richard. O capelão do diabo. São Paulo: Cia das Letras, 2005.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Esperança. Um reencontro com a pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2013.
GIELEN, Pascal. Situational ethics. An artistic ecology. In COOLS, Guy, GIELEN, Pascal (eds.). The Ethics of Art. Ecological turns in the Performing Arts. Amsterdan: Valiz, 2014.
LAKOFF, George, JOHNSON, Mark. Philosophy in the flesh - The embodied mind and its challenge to western thought. New York: Basic Books, 1999.
Mandelstam, Óssip. In CAMPOS, Augusto (organização e tradução). Poesia da Recusa. Coleção signos 42. São Paulo: Perspectiva, 2006.
NICOLELIS, Miguel. Muito além do nosso eu: a nova neurociência que une cérebros e máquinas — e como ela pode mudar nossas vidas; tradução do autor: revisão Giselda Laporta Nicolelis. — São Paulo: Companhia das Letras, 2011.
RIDLEY, Matt. O que nos faz humanos – genes, natureza e experiência. Rio de Janeiro: Record, 2004.
ROSE, Steven. O cérebro do século XXI – Como entender, manipular e desenvolver a mente. São Paulo: Globo, 2006.
SANTOS, Boaventura de Sousa. Renovar a Teoria Crítica e Reinventar a Emancipação Social. São Paulo: Boitempo, 2007.
SENNETT, Richard. A corrosão do caráter. Rio de Janeiro: Record, 2012.
SOUZA, Jessé. Como o racismo criou o Brasil. Rio de Janeiro: Estação Brasil, 2021.
VARELA, Francisco, THOMPSON, Evan e ROSCH, Eleanor. L'inscription corporelle de l'esprit – sciences cognitives et expérience humaine. Paris: Éditions du Seuil, 1993.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Lenira Peral Rengel
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os/as usuários/as poderão ler, baixar, copiar, distribuir, imprimir os textos integralmente desde que sejam claramente mencionadas as referências aos/às autores/as e à Revista Repertório. A utilização dos textos em outros modos depende da aprovação dos/as autores/as e deste periódico.
Os conteúdos emitidos em textos publicados são de responsabilidade exclusiva de seus/suas autores/as e não refletem necessariamente as opiniões da Revista Repertório.