Elogio à queda - o amor à gravidade e o corpo político em Contato Improvisação
DOI:
https://doi.org/10.9771/r.v1i31.26577Palavras-chave:
corpo, queda, contato improvisação, gravidade, dançaResumo
Este artigo discorre sobre como o Contato Improvisação (CI), a partir da relação com o chão, com a queda e de como a horizontalidade pode nos ensinar outros modos de estar no mundo. Um caminho para dançar CI se dá pelo campo do sensível, da propriocepção, da escuta e da sobrevivência. Esta perspectiva aprofunda os processos de percepção de si, do outro, do espaço e de como a força da gravidade age sobre os corpos e a maneira como esses se organizam em relação à verticalidade. Esquivando da narrativa hegemônica da cultura sócio-econômica que elogia o alto, ambição de estar no “topo”, bem como comportamentos sociais habituais de tentativa de controle da verticalidade; na contra-mão desse pensamento, a prática do CI propõe o exercício da desorientação, da queda e de amar a gravidade e a horizontalidade. Desse modo, essa prática pode proporcionar uma condição de resiliência que nos ajudam a sobreviver às inevitáveis quedas, sejam elas reais ou metafóricas. Estas práticas cotidianas no corpo de quem dança CI compõem poéticas que inscrevem ações políticas alternativas ao referido status quo.
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