<b>De la médiation phénoménologique: le corps collectif comme forme poétique performative permise par la dissolution de la frontière psychocorporelle</b><br />
DOI:
https://doi.org/10.9771/r.v0i28.25004Resumo
Résumé:
Cet article vise à examiner une approche de recherche-création qui avait pour but de développer une vision différente du corps performatif à travers son contact avec la technologie, et ceci en portant une attention particulière sur la réintroduction du corps et son intelligence spécifique dans la compréhension et la construction du rapport somatique et technologie. Cet article défend l’hypothèse que la technologie, utilisée dans ces expérimentations comme une physicalité (Leroi-Gourhan 1971, 1973), devient l’activateur d’un processus de reconfiguration sensori-perceptuel qui aura le potentiel de développer, non pas une seule corporéité, mais de multiples nouvelles corporéités issues de la modification physique et phénoménologique de l’effet de la technologie sur le corps performatif en mouvement. Pour faire l’examen de ces altérations et émergences, l’analyse se fera sous l’angle de la corporéité, soit une interprétation ontologique plus récente du corps performatif (Bernard, 2001; Perrin, 2006), qui propose de comprendre le corps comme une ouverture, un carrefour d’influences et de relations, une réalité mouvante faite de réseaux d’intensités (Deleuze; Guattari, 1980; Merleau- Ponty, 1945). Je propose d’analyser ces manifestations de la corporéité qui deviennent possibles par un déplacement ontologique du corps lorsqu’il est sous l’action, et activé, par la technologie. C’est donc une approche qui prend en compte une ontologie en mouvance. Le modèle performatif du ‘corps collectif physique’ a été développé pour expérimenter cette ontologie. Il s’est notamment inspiré du concept de dissolution de la frontière pyschocorporelle développé dans les analyses de Suely Rolnik (2006, 2007a, 2007b) et de Guy Brett (2004) portant sur le travail de l’artiste brésilienne Lygia Clark (Luz, 1975; Rolnik; Diserens, 2005). En suivant ce processus analytique, nous serons en mesure de suggérer que ce déplacement ontologique du corps – rendant possible la prise en compte de sa médiation –, amène l’évolution de la corporalité d’où émergera différentes formes de corporéité.
Mots clés: Art scénique. Performance. Technologie. Somatique. Corporéité.
MEDIAÇÃO FENOMENOLÓGICA: O CORPO COLECTIVO COMO FORMA POETICA PERFORMATIVA PERMITIDA PELA DISSOLUÇÃO DA FRONTEIRA PSICOCORPORAL
Resumo:
Este artigo pretende examinar uma abordagem de pesquisa-criação que visa desenvolver uma visão diferente do corpo performativo através do seu contato com a tecnologia, e isso com especial atenção para a reintrodução do corpo e sua inteligência específica na compreensão e na construção do relatório somático e da tecnologia. Este artigo defende a hipótese de que a tecnologia, usada nessas experiências como fisicalidade (Leroi-Gourhan, 1971, 1973), se torna o ativador de um processo de reconfiguração sensorial-perceptual que terá o potencial de desenvolver, não apenas um corporeidade, mas múltiplas novas corporeidades resultantes da modificação física e fenomenológica do efeito da tecnologia no corpo performativo em movimento. Para examinar essas alterações e emergências, a análise será feita a partir do ângulo da corporeidade, uma interpretação ontológica mais recente do corpo performativo (Bernard, 2001, Perrin, 2006), que se propõe a entender o corpo como uma abertura, uma encruzilhada de influências e relações, uma realidade itinerante composta de redes de intensidades (Deleuze, Guattari, 1980, Merleau-Ponty, 1945). Proponho analisar essas manifestações de corporalidade que se tornam possíveis através de um movimento ontológico do corpo quando está sob a ação e ativada pela tecnologia. É, portanto, uma abordagem que leva em consideração uma ontologia em movimento. O modelo performativo do “corpo físico coletivo” foi desenvolvido para experimentar esta ontologia. Em particular, ele se inspirou no conceito de dissolução da fronteira psicocorporal desenvolvida nas análises de Suely Rolnik (2006, 2007a, 2007b) e Guy Brett (2004) sobre o trabalho da artista brasileira Lygia Clark (Luz, 1975) Rolnik, Diserens, 2005). Ao seguir este processo analítico, seremos capazes de sugerir que esse deslocamento ontológico do corpo - permitindo levar em consideração sua mediação - produz a evolução da corporalidade a partir da qual surgirão diferentes formas de corporeidade.
Palavras-chave: Arte Cênica. Performance. Tecnologia. Somática. Corporeidade.
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