Crítica às leituras sexonormativas de “Sargento Garcia”, de Caio Fernando Abreu

Autores

DOI:

https://doi.org/10.9771/peri.v2i19.55729

Resumo

Este trabalho propõe realizar uma crítica às interpretações mais recorrentes de “Sargento Garcia”, conto integrante do livro Morangos mofados, de Caio Fernando Abreu. Apoiado nas pesquisas de Arenas (1992), Camargo (2010), Ginzburg (2012), entre outros, aponta-se que diversos estudos possuem um olhar sexonormativo focado em aspectos (homo)sexuais da escrita de Caio Fernando Abreu, ofuscando outras possibilidades de leitura. O conceito de sexonormatividade provém de debates da comunidade assexual e é utilizado conforme definição de Oliveira (2015). A partir da (re)leitura do conto e da retomada da crítica alegórica à ditadura civil-militar, destacam-se as incoerências de trabalhos que desconsideram a violência que perpassa o texto em defesa de uma relação homoerótica entre os personagens centrais. A partir do estudo de Peter Fry (1982) sobre a sexualidade masculina, defende-se que há em “Sargento Garcia” uma crítica ao sistema hierárquico que divide “homens” e “bichas”.

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Biografia do Autor

Luiz Gustavo Osório Xavier, Universidade Federal de Goiás

Mestre em Letras e Linguística e Bacharel em Letras, ambos na área de concentração em Estudos Literários, pela Universidade Federal de Goiás (UFG).

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Publicado

2023-12-06

Como Citar

Xavier, L. G. O. (2023). Crítica às leituras sexonormativas de “Sargento Garcia”, de Caio Fernando Abreu. Revista Periódicus, 2(19), 225–253. https://doi.org/10.9771/peri.v2i19.55729

Edição

Seção

Seção Livre