Fotografias e Monstros
enquadramentos queer e crip nas obras de Diane Arbus
DOI:
https://doi.org/10.9771/peri.v2i17.45613Resumo
Este artigo tem como objetivo analisar as fotografias de Diane Arbus, especificamente os (des)enquadramentos dos corpos freaks/monstruosos. Para isso, inicialmente, problematizamos a ética na fotografia e sua utilização como um dispositivo disciplinar que reifica a norma, principalmente quando se trata do controle e da vigilância dos corpos. Posteriormente, analisamos a vida e algumas obras de Diane, além da relação que a fotógrafa estabelecia com as pessoas fotografadas. Foi possível identificar nas fotos desta artista uma “outra” estética que abre fissuras epistemológicas ao queer e crip e rompe com enquadramentos fotográficos históricos de captura dos corpos freaks/monstruosos a partir das lentes da espetacularização e/ou da tragédia. As fotografias de Arbus permitem que vejamos corpos não passíveis de serem aprisionados e retratam existências que rechaçam a norma; corpos monstruosos desejantes, vidas vivíveis.
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Copyright (c) 2022 Lina Ferrari de Carvalho, João Manuel de Oliveira
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