Notas sobre a Criança transviada: considerações queerfeministas sobre infâncias
DOI:
https://doi.org/10.9771/peri.v1i9.25755Resumo
Este texto contribui para uma análise crítica das questões políticas e de cidadania da figura da “Criança” e, de modo mais geral, da juventude, fazendo uma resenha da forma como a Criança tem sido construída enquanto um corpo ‘natural’, branco, heterossexual, patriarcal e classista. Esta resenha é feita a partir de várixs autorxs queer e feministas, e a sua leitura conjunta mostra como o conceito tem sido historicamente usado para sustentar o heteropatriarcado branco de classe alta, e como esta ordem discursiva continua a ser reintegrada pelo feminismo liberal e pelo movimento LGBT mainstream. O artigo encerra com um ponto de resistência: a partir da crítica de Edelman e das releituras que Stockton faz a várias obras famosas, considera-se como a Criança pode ser lida enquanto transviada, e como esse processo é fundamental para a dissolução de sistemas discriminatórios de cidadania que naturalizam relações de dominação e objectificação política contra certos corpos, considerados dissidentes, cujo crescimento não é visto como ‘ortopedicamente’ correcto.
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