A coragem de ser tedioso: aproximações entre dândis e corpos queers

Autores

  • Ricardo Duarte Filho Universidade Federal do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.9771/peri.v1i8.23244

Resumo

O presente artigo almeja discorrer sobre a ligação entre o dandismo e os corpos queers através do conceito do camp e da performatividade. Para tal, traça uma ligação histórica entre o dândi e os corpos aristocráticos e argumenta que os dândis formam uma espécie de proto-subjetividade queer através da discussão sobre os julgamentos de Oscar Wilde, vistos aqui como espetáculos midiáticos públicos que acabaram por incutir em esferas diversas, como a judicial, a médica e a pública, a ideia de traços e poses que poderiam se cristalizar como indicadores da existência da homossexualidade. A hipótese aqui levantada é que o dândi, por sua ambígua relação com a norma, possibilita novas formas de resiliência e contestação através da artificialidade, do tédio e da performance. Como forma de discutir sobre essa possibilidade de subversão e também como tentativa de ampliar o emprego de uma sensibilidade dândi e camp para além da cultura anglo-saxã, o objeto analisado no presente artigo é o filme brasileiro contemporâneo A Seita (André Antônio, 2015).

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Biografia do Autor

Ricardo Duarte Filho, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Bacharel em Cinema e Audiovisual pela Universidade Federal de Pernambuco e atual mestrando do programa de Comunicação e Cultura da Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde desenvolve a pesquisa “Dândis, Drags e Bichas Pintosas: O Camp no Cinema Queer Brasileiro Contemporâneo” sob orientação de Denilson Lopes. Seu campo de interesse envolve cinema contemporâneo, camp, estética, e estudos queers.

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Publicado

2018-01-06

Como Citar

Duarte Filho, R. (2018). A coragem de ser tedioso: aproximações entre dândis e corpos queers. Revista Periódicus, 1(8), 372–395. https://doi.org/10.9771/peri.v1i8.23244

Edição

Seção

Seção Livre