Uma crítica para enfrentar os poderes que nos querem aprisionar
DOI:
https://doi.org/10.9771/peri.v1i4.15418Resumo
Em um tempo em que as inúmeras guerras travadas pelo mundo afora matam mais do que nunca; em que, como aponta Butler, a morte mais se assemelha a um programa televisivo, coordenada por controle remoto; em que os diversos fundamentalismos, dentre eles, e o pior, o religioso, (des)fazem fronteiras territoriais, incendeiam templos de religiões de matriz afrobrasileira e perigosamente têm por refém o Congresso Nacional Brasileiro, é pertinente, e profundamente imperativo, que reflitamos sobre e (re)elaboremos estratégias políticas capazes de enfrentar esses inimigos da vida vivível, tornando possível, conforme mais uma vez afirma Butler, que “os corpos se movam livremente dentro de uma democracia”. E para que os corpos se movam livremente, para que eles ocupem os espaços e possam (re)existir, a branquitude, a heteronormatividade, os fundamentalismos, o capacitismo, e por que não dizer o capitalismo, tomados aqui como regimes políticos e epistemológicos de governação da vida, devem ser destituídos por meio da ação crítica.
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