Ninguém nasce homem, torna-se homem:as masculinidades no corpo e o corpo nas práticas curriculares das masculinidades
DOI:
https://doi.org/10.9771/peri.v1i2.12873Resumo
Nas atuais configurações sociais, graças aos avanços tecnológicos e as possibilidades proporcionadas com a globalização, acessamos e somos seduzidos e seduzidas por vários estilos de vida que interpelam nossa projeçãode gênero e influenciam na forma como nos percebemos e nos articulamos nas redes de sociabilidade. Como uma dessas consequências, a identidade masculina vem sendo interpelada, problematizada e desestabilizada por outras formas de vivê-la. A sua projeção unívoca identificada na apresentação branca, racional, heterossexual e judaico-cristã vem sendo fragmentada e, em suas brechas, emergem outras configurações, sobretudo após a crítica feminista ao universalismo e a emergência dos movimentos sociais de lésbicas e gays. Neste trabalho, a partir da observação e as anotações de conversas informais consideradas significantes, percorremos, balizados nos estudos culturais, os modos com que os jovens da periferia do Rio de Janeiro- Brasil constroem suas masculinidades e como elas são vividas nasescolas. Ao investigar as práticas curriculares, constatamos que, independente do entendimento de que as identidades são temporárias e contraditórias, elas se configuram em diálogo com os instrumentos educacionais que ensinam formas de ser e de viver a identidade de gênero. Durante a investigação vivenciamos a percepção de que a categoria ‘masculinidade’ foi ampliada e que sua projeção trouxe outros arranjos sexuais interagindo e criando tensões na escola.Downloads
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