Leitura queer: um ato de resistência e alteridade
DOI:
https://doi.org/10.9771/peri.v1i9.24822Resumen
Este artigo tem como objetivo discutir a importância do ensino/aprendizagem da leitura como processo de formação do cidadão. Entendo aqui por leitura um processo comunicacional que vai além de apenas decodificar signos linguísticos; ele é basicamente um dialogismo entre vozes, e ainda, um exercício de alteridade. Desse modo, ler é uma atividade sociocultural. A partir da tradição educacional da formação de leitores, no artigo, ressalto ainda a importância de ler como uma mulher, a partir das teorias de Jonathan Culler (1998), e de ler como uma lésbica, a partir de pesquisas de Tania Navarro-Swain (2000), Adrienne Rich (2010) e Monique Wittig (1980). Proponho, por fim, que a formação do leitor deve ser feita através de uma pedagogia que abranja uma leitura queer. Em outras palavras, ler de forma queer é um ato de estranhamento necessário, bem como de acolhimento e de diálogo. Assim, a leitura queer é um ato de resistência e de alteridade, princípios norteadores e inerentes de todo e qualquer processo de leitura que se pretenda inclusivo e democrático.
Palavras-chave: leitura; leitura queer; teoria queer.
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