Queimadas: a metáfora da caça às bruxas empreendidas durante a colonização para pensar violência contra mulher nas cidades.

Autores

  • Melina Garcia Gorjon Universidade Estatudal Paulista "Julio Mesquita filho", Faculdade de Ciências e Letras de Assis-SP
  • Dolores Cristina Gomes Galindo Universidade Federal de Mato Grosso http://orcid.org/0000-0003-2071-3967

DOI:

https://doi.org/10.9771/peri.v1i8.23901

Resumo

Este ensaio, narra minha experiência enquanto artista, pesquisadora e feminista na cidade de Assis-SP. Por meio da série fotográfica “Queimadas”, tento evocar noções como, a caça às bruxas e a colonização. As queimadas acontecem nos terrenos baldios, por conta do tempo seco ou então quando algum morador quer “limpar” os terrenos de ervas daninhas. Esses mesmos espaços, dos terrenos baldios são espaços de medo, ao circular na cidade, nesses mesmos locais, temos relatos de assédios e perseguições, uma região pouco povoada e perto de uma universidade.  Por meio das fotografias, convido amigas e faço auto-retratos capazes de anunciar como a prática de caça das bruxas, metaforicamente pode falar da perseguição e assédio às mulheres nas ruas da cidade. Bem como as cinzas ali deixadas, remetem a violência sofrida, mas também pode ser um símbolo de resistência e de práticas de sobrevivência à violência.

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Biografia do Autor

Melina Garcia Gorjon, Universidade Estatudal Paulista "Julio Mesquita filho", Faculdade de Ciências e Letras de Assis-SP

Mestranda em Psicologia e Sociedade e Graduada em Psicologia (2016), ambos pela Faculdade de Ciências e Letras de Assis- Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP). Membro do grupo de pesquisa (CNPQ) "Deleuze/Guattari e Foucault, elos e ressonâncias". É também artista visual, trabalhando com performance e fotografia. Atua principalmente na área da Psicologia e Arte Contemporânea com ênfase em filosofia da diferença, pós-colonialismos, colonialidades, modos de subjetivações e feminismos.

Dolores Cristina Gomes Galindo, Universidade Federal de Mato Grosso

Possui Doutorado (2006) e mestrado (2002) em Psicologia Social pela Universidade Católica de São Paulo (PUCSP), com Doutorado Sanduíche na Universidade Autônoma de Barcelona (2004) e Pós-Doutorado em Psicologia Social na PUCSP (2015-2016). Graduada em Psicologia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em 1999. Atua como Professora Permanente dos Programas de Pós-Graduação em Psicologia e Cultura Contemporânea da Universidade Federal de Mato Grosso e do Programa de Pós-Graduação em Psicologia e Sociedade da Universidade Estadual Paulista, campus Assis. Foi vice-coordenadora e posteriormente Coordenadora do Programa de Pós-Graduação (Mestrado e Doutorado) em Estudos de Cultura Contemporânea. Na graduação, atua como Docente do Departamento de Psicologia da Universidade Federal de Mato Grosso (2013-2014). Lidera o Grupo de Pesquisa Ciências, Tecnologias e Criação (LABTECC). Foi Vice-Presidente da Regional Centro-Oeste da Associação Brasileira de Psicologia Social - ABRAPSO (2012-2013), Secretária (2014-2015). Atualmente, integra a Diretoria Nacional da ABRAPSO (2016-2017). É uma das membros fundadoras da Rede Centro-Oeste de Arte, Cultura e Tecnologias Contemporâneas - CO3 e integrou a equipe coordenadora da Red Latinoamericana de posgrados en estudios sobre la cultura - ReLaPec (2014-2016). Possui experiência em Psicologia como área interdisciplinar, atuando principalmente nos seguintes interesses de pesquisa: Psicologia, epistemologias e metodologias feministas em Teoria Ator-Rede; Psicologia, governamentalidade e resistências; Psicologia, arte Contemporânea e Raça/Etnia.

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Publicado

2018-01-06

Como Citar

Gorjon, M. G., & Galindo, D. C. G. (2018). Queimadas: a metáfora da caça às bruxas empreendidas durante a colonização para pensar violência contra mulher nas cidades. Revista Periódicus, 1(8), 79–93. https://doi.org/10.9771/peri.v1i8.23901

Edição

Seção

Dossiê 8 - Cidades dissidentes