A psicanálise é cisnormativa? Palavra política, ética da fala e a questão do patológico

Autores/as

  • Pedro Ambra

DOI:

https://doi.org/10.9771/peri.v1i5.17179

Resumen

O artigo tem por objetivo discutir o estatuto dado pela psicanálise a experiências de gênero não inteligíveis, demonstrando que, ao considerar o inconsciente, a relação entre sexo e gênero mostra-se necessariamente refratária a qualquer tipo de normatividade. A partir da reconstrução da história política do termo heterossexual, apresentaremos uma analogia ao tipo de mecanismo crítico em jogo na utilização do termo cisgênero. Após uma discussão sobre o lugar da retórica da subversão dentro da comunidade psicanalítica, sublinharemos como a clínica promove a passagem a uma ética da fala, na qual os apegos identitários normativos são postos em questão. Ao prescindir da oposição corrente entre o normal e o patológico, a psicanálise questiona a dicotomia entre trans e cis a partir da ideia de que a inadequação a um corpo sexuado é constitutiva de todos os seres falantes.

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Publicado

2016-07-15

Cómo citar

Ambra, P. (2016). A psicanálise é cisnormativa? Palavra política, ética da fala e a questão do patológico. Revista Periódicus, 1(5), 101–120. https://doi.org/10.9771/peri.v1i5.17179