Orientação sexual e cirurgia de redesignação: a passabilidade e a manutenção de relacionamentos afetivo-sexuais em mulheres trans

Autores

  • Frida Pascio Monteiro Faculdade de Ciências e Letras Unesp Araraquara
  • Patrícia Porchat Unesp

DOI:

https://doi.org/10.9771/peri.v2i16.34724

Resumo

O artigo problematiza duas categorias – mulheres heterossexuais e mulheres não-transgenitalizadas – utilizadas para selecionar entrevistadas para a pesquisa ‘Vivências afetivo-sexuais de mulheres travestis e transexuais’. Discute-se as noções de sexo biológico, orientação sexual e identidade de gênero e de quais pressupostos  partimos para definir a orientação sexual de pessoas trans. Também se discute a necessidade da cirurgia de redesignação sexual para diferenciar mulheres travestis de mulheres transexuais. A pesquisa inclui uma abordagem abordagem autoetnográfica, em virtude de uma das autoras ser uma mulher transexual heterossexual e não-transgenitalizada (à época da escrita do artigo). A passabilidade surge como referência primordial para a manutenção de uma legitimidade estética da transição e como fator minimizante das violências e transfobia vivenciadas. Por fim, analisa-se como esses elementos (orientação sexual, cirurgia de redesignação sexual e passabilidade) ajudam a manter os relacionamentos afetivo-sexuais que essas mulheres vivenciam.

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Biografia do Autor

Frida Pascio Monteiro, Faculdade de Ciências e Letras Unesp Araraquara

Possui graduação em Letras - Português e Inglês pela Fundação Educacional de Fernandópolis (2009). Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Língua Portuguesa. Atualmente é mestranda em Educação Sexual na Faculdade de Ciências e Letras da Unesp de Araraquara (FCL/Ar), tendo como orientadora a Profª Drª Patrícia Porchat Pereira da Silva Knudsen, tendo como temas pesquisados travestilidades, transexualidades, conjugalidades e afeto. Graduanda em Pedagogia na modalidade EaD do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFSP) campus Barretos. Experiência profissional: - correções de trabalhos de iniciação científica e de conclusão de curso de graduação (revisão gramatical e formatação segundo ABNT e Vancouver); - correções de monografias, dissertações e teses (revisão gramatical e formatação segundo ABNT, APA e Vancouver); - elaboração de resenhas acadêmicas; - digitações de exercícios, tarefas, simulados e avaliações abertas; - correções de produções de texto redacionais (nível ensino fundamental II e médio) e cursinho pré-vestibular; - correções de avaliações abertas de Língua Portuguesa (nível ensino fundamental II e médio) e cursinho pré-vestibular.

Patrícia Porchat, Unesp

Professora do curso de Psicologia da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP/Bauru) e dos Programas de Pós-Graduação em Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem da UNESP/Bauru e em Educação Sexual (Mestrado Profissionalizante) da UNESP/Araraquara.Pós-doutorado (em andamento) na Université Paris Diderot (Paris 7). Graduação em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1987), mestrado em Psicologia pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (2001) e doutorado em Psicologia Clínica também pelo IPUSP (2007). Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Teoria Psicanalítica, em Epistemologia da Psicanálise e em Estudos de Gênero. Pesquisa os seguintes temas: gênero, sexualidade, transexualidade, identidades não-binárias e teste de realidade. Trabalha com as ideias de Freud, Lacan e de Judith Butler. É autora do livro Freud e o teste de realidade (2005), pela Casa do Psicólogo/Fapesp e do livro Psicanálise e Transexualismo:Desconstruindo Gêneros e Patologias com Judith Butler (2014), pela Editora Juruá.Co-organizadora do livro Psicanálise e Gênero: Narrativas feministas e queer no Brasil e na Argentina (2018), pela Editora Calligraphie.

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Publicado

2021-09-28

Como Citar

Pascio Monteiro, F., & Porchat, P. (2021). Orientação sexual e cirurgia de redesignação: a passabilidade e a manutenção de relacionamentos afetivo-sexuais em mulheres trans. Revista Periódicus, 2(16), 01–16. https://doi.org/10.9771/peri.v2i16.34724