Como falar do ódio fora do ódio? Buscando novas linguagens de enfrentamento e resistência
DOI:
https://doi.org/10.9771/peri.v1i10.27992Abstract
O presente artigo tem como objetivo refletir sobre o testemunho e a produção de outras linguagens como estratégias de enfrentamento ao discurso de ódio, entendendo que a linguagem é capaz de ferir, mas, simultaneamente, de dar outros sentidos e ressignificar as práticas de ódio que têm perpetuado na sociedade brasileira contemporânea, com ênfase nas atuações na internet e redes sociais. Entende-se que existem hoje recursos legislativos e jurídicos para denúncia e combate ao discurso de ódio contra mulheres e grupos vulnerabilizados, com devida atenção à Lei Lola, em vigência desde abril de 2018, mas que tais recursos não encerram o ódio e nem interrompem os danos causados pela linguagem odiosa. Ressaltando a relevância de pensar e arguir teoricamente sobre a necessidade de construir outras formas de sociedade, conclui-se que a produção de novas linguagens, que pretendam falar do ódio fora do ódio, surge como uma estratégia para conferir materialidade à violência causada pela linguagem, reumanizar suas vítimas e possibilitar que sejam construídas formas alternativas e discursivas de resistência.
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