As “origens” da família
uma análise de teorias oitocentistas sobre a monogamia e a promiscuidade
DOI:
https://doi.org/10.9771/peri.v1i21.58760Resumo
O artigo analisa os debates sobre a monogamia no período de configuração das ciências sociais, na segunda metade do século XIX, comparando as perspectivas de algumas de suas principais referências: Johann Bachofen, John McLennan, John Lubbock, Lewis Morgan, Friedrich Engels, Charles Letourneau, Charles Wake, e Edvard Westermarck. O argumento desenvolvido é que as teorias socioantropológicas dominantes nas décadas de 1860-1880 não concebiam a monogamia como uma realidade natural e universal, mas como um produto histórico que teria se originado a partir de um estado precedente de promiscuidade. No final do século XIX, a hipótese da promiscuidade originária foi gradualmente perdendo prestígio, sendo, então, suplantada pela problemática da natureza/instinto monogâmico ou poligâmico. O artigo permite contextualizar os saberes sobre a monogamia (re)produzidos no atual contexto acadêmico e político, abrindo espaço para reconhecer a historicidade dos nossos conceitos e formulações sobre o tema.
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