Para uma política queer de não monogamia consensual
Do parentesco queer aos comuns queer
DOI:
https://doi.org/10.9771/peri.v1i21.58635Resumo
Este artigo aborda a questão de como uma perspectiva queer pode informar agendas políticas radicais e transformadoras em torno da Não Monogamia Consensual (NMC). Ele argumenta que nenhum relacionamento é verdadeiramente transformador ou transgressor apenas por causa de sua constelação não convencional. Em vez disso, as NMCs precisam ser conscientemente politizadas, de forma a se encaixarem em agendas de movimentos políticos mais amplos, para que seu potencial queer seja alcançado. O artigo argumenta, ainda, que as agendas políticas queer radicais em torno das NMCs precisam considerar a diversidade das populações envolvidas nas NMCs. Sugere que os debates sobre interseccionalidade e posicionalidade nos feminismos negro, indígena e decolonial e nas críticas queer of colour, bem como no apelo de Édouard Glissant por uma poética da relação e o “direito à opacidade” podem fornecer uma rica inspiração para uma política de múltiplas questões baseada na afirmação da diferença e da multiplicidade. O artigo prossegue explorando alguns temas-chave dentro dos debates de inspiração queer sobre a NMC, passando da discussão sobre a política do prazer para a teoria do parentesco queer, encerrando com o argumento de que a política queer da NMC depende ainda mais de uma ética expansiva do cuidado, conforme apropriadamente teorizado nos debates dos movimentos sociais sobre os comuns. O artigo utiliza teorias críticas queer, feministas, antirracistas, decoloniais e anticapitalistas para esboçar uma estrutura de preocupações que podem ajudar a desenvolver agendas políticas transformadoras em torno da NMC em diferentes contextos sociais.
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