Feminicídios mononormativos
a necessidade de uma virada linguística na compreensão dos assassinatos conjugais
DOI:
https://doi.org/10.9771/peri.v1i21.58612Resumo
Este ensaio teórico tem por objetivo problematizar como os feminicídios conjugais são atravessados pelo dispositivo monogâmico e propor a adoção do conceito de feminicídios mononormativos, como forma de dar visibilidade ao imperativo da monogamia em tais crimes. Como forma de sustentar tal argumento, buscamos problematizar a invenção da família monogâmica, a compreensão da monogamia como um dispositivo que regula condutas e as masculinidades, para, assim, chegar ao conceito de feminicídio mononormativo. Entendemos que os assassinatos femininos na conjugalidade, comumente motivados por ciúme, infidelidade e separação, elementos que caracterizam o contrato monogâmico, tornam-se inteligíveis na medida em que a mononormatividade não é questionada. Advogamos, portanto, que a nomeação de tais crimes como feminicídios mononormativos permite que desmascaremos a monogamia como promessa de felicidade, colocando em evidência as inúmeras formas de violência que a sustentam.
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