“A_socialidade” como figura modelo da ambiguidade

Autores

  • Antke Antek Engel Institute for Queer Theory

DOI:

https://doi.org/10.9771/peri.v2i20.56678

Resumo

Neste artigo, reconstruirei as diferentes etapas epistemológicas da não desambiguação, passando pela política queer do paradoxo, até o que hoje chamo de “queerness como ambiguidade vivida”. Explicarei como a noção de ambiguidade cumpre uma dupla função na teoria queer, mais especificamente, enfatizando a habitabilidade da ambiguidade – identidades multidimensionais não são estáveis nem coerentes – e explicando seu potencial político – superando fronteiras claras e antagonismos simplificados. Enfocarei a a_socialidade como figura da ambiguidade, argumentando que o conceito de queerness, como ambiguidade vivida, acompanha uma compreensão de relacionalidade e parentesco definida por um continuum ou simultaneidade de socialidade, antissocialidade e associalidade, denominada “a_socialidade”. Minha tese é que, ao admitir a ambiguidade da a_ socialidade, torna-se possível avançar em direção a formas de coabitação em condições de heterogeneidade social e global.

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Biografia do Autor

Antke Antek Engel, Institute for Queer Theory

Diretore do Institute for Queer Theory em Berlim e atualmente professore convidade de Estudos Queer e de Gênero na FernUniversität Hagen. Obteve seu PhD em Filosofia na Universidade de Potsdam e trabalha como acadêmique independente nas áreas das teorias queer, feminista e pós-estruturalista, além de filosofia política e estudos culturais-visuais. Foi professore visitante nas Universidades de Hamburgo (2003/2005) e Viena (2011), na Alice Salomon University Berlin (2016) e na Technical University Darmstadt (2018/2019), bem como bolsista de pesquisa no Institute for Cultural Inquiry ICI-Berlin (2007-2009), no Gender Institute, London School of Economics (2018), além de ser uma das pessoas contempladas com o Asa Briggs Fellowship, na University of Sussex, em Brighton (2019). Tradução produzida por Cristina Veiga Judar, bacharel em comunicação social pela Universidade São Marcos, especialista em jornalismo cultural pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) e mestrande do programa de pós-graduação em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa (FFLCH/USP), e-mail: cris_judar@hotmail.com; e Lucas Breda Magalhães, licenciado em Letras Português e Inglês pela Universidade Estadual do Norte do Paraná e mestrando do programa de pós-graduação em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa (FFLCH/USP), e-mail: lucasbredamagalhaes@gmail.com.

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Publicado

2024-06-06

Como Citar

Engel, A. A. (2024). “A_socialidade” como figura modelo da ambiguidade. Revista Periódicus, 2(20), 248–262. https://doi.org/10.9771/peri.v2i20.56678