“Curto uma pegação no sigilo”

o Grindr como território de subjetivações dos espaços de desejo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.9771/peri.v1i18.49899

Resumo

Este artigo propõe reflexões e provocações acerca do aplicativo de relacionamentos Grindr, a fim de pensá-lo como um território possibilitador das mais diversas configurações assumidas por identidades dissidentes à cisheteronorma, permitindo um aprofundamento nas discussões em torno dos reflexos causados pelos processos de subjetivação que partem de uma perspectiva dicotômica e cisheterocentrada. Assim, partimos de um referencial teórico convergente com o objeto de análise e, posteriormente, seu desenvolvimento é orientado pela análise de conteúdo, em que foram coletados os dados de 25 perfis passíveis de análise. Ao final, percebe-se que o aplicativo se apresenta como um território pornotópico, haja vista a justaposição de distintos espaços – identidades, normas – que são incompatíveis. Tal divergência culmina no surgimento de três principais categorias: pornotopia e manutenção da cisheteronorma; pornotopia e invisibilização das violências; e pornotopia e sigilo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Will Paranhos, Universidade Federal de Santa Catarina

Mestre em Engenharia e Gestão do Conhecimento (aprovado com Louvor) pelo PPGEGC da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) com dissertação premiada no KMBrasil 2021, promovido pela Sociedade Brasileira de Gestão do Conhecimento. Atualmente é pessoa pesquisadora do Grupo Afrodite - Laboratório Interdisciplinar de Ensino, Pesquisa e Extensão em Sexualidades (UFSC/CNPq) nas seguintes linhas de pesquisa: Corporalidades, gêneros, diversidade sexual e saúde; Gêneros e sexualidades: interseccionalidades e interferências culturais; Educação continuada em gêneros e sexualidades no sistema educacional e assistência à saúde; e do Grupo de Pesquisa Inovação em Ciência e Tecnologia (Comovi - UFSC/CNPq) nas seguintes linhas: Diversidades, integralidade humana e plenitude; Desenvolvimento do potencial humano; Organizações saudáveis e gestão humana. Especialista em Estudos de Gênero e Diversidade na Escola, também pela UFSC. Cursa o Professional Self Coaching pelo Instituto Brasileiro de Coaching, e possui formação em Análise Comportamental pela mesma instituição. Pessoa professora convidada da disciplina de Tópicos Especiais: Diversidades nas Organizações e suas Práticas de Gestão, vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento/UFSC. Pessoa professora conteudista da Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC) e da Laureate International Universities, onde também atua como pessoa parecerista e produtora de planos de ensino para pós-graduação. Docente da Unisociesc, atuando como pessoa professora/mentora das disciplinas de Projeto Interdisciplinar e LAI - Laboratório de Aprendizagem Integrada (desenvolvimento de habilidades socioemocionais - Soft Skills). Especialista de Ensino do SENAI/SC. Pessoa consultora, palestrante e (desin)formadora para organizações públicas, privadas e do terceiro setor. Atuou em municípios catarinenses com formação continuada para mais de 1000 docentes da rede pública na área de diversidade e sexualidades na escola (ensino infantil ao médio). Possui experiência nas áreas de: integralidade humana, diversidades na escola, educação continuada em gêneros e sexualidades no sistema educacional, diversidades nas organizações, diversidade sexual, interseccionalidades, organizações saudáveis, desenvolvimento do potencial humano, soft skills e formação docente. É pessoa autora de capítulos de livros e artigos em anais de eventos e periódicos nacionais e internacionais.

Downloads

Publicado

2023-01-16

Como Citar

Paranhos, W., & Inácio Costa, C. M. (2023). “Curto uma pegação no sigilo”: o Grindr como território de subjetivações dos espaços de desejo. Revista Periódicus, 1(18), 176–196. https://doi.org/10.9771/peri.v1i18.49899