“A mão que afaga é a mesma que apedreja” - análise discursiva sobre amor materno, religião e sexualidade.
DOI:
https://doi.org/10.9771/peri.v1i14.37096Resumo
Resumo: Com base na Análise de Discurso de Linha Francesa, o presente artigo discute a violência contra a população LGBTQI+ relacionando-a ao discurso religioso. Para isso, traz, como corpus de análise, o discurso da Cantora Gospel Eyshila, postado em seu Instagram para se posicionar sobre a sexualidade do filho que, antes evangélico como seus pais, declarou-se homossexual e Drag. A partir da observação sobre o discurso, a análise se utilizou, principalmente, de conceitos discursivos relacionados à ideologia, a formações discursivas e a efeito de sentido, com a finalidade de, a partir de um gesto de leitura, interpretar seu funcionamento. Objetivou-se ainda observar como Eyshila discursiviza a homossexualidade ao se posicionar como mãe e como mulher evangélica/religiosa que é, a fim de observar se, nesses lugares, ela rompe ou perpetua o discurso de sua formação discursiva; e, como consequência disso, objetivou-se também verificar se o seu discurso se mostra significativo no combate ao preconceito e à violência. Pêcheux (2014 e 2015), Orlandi (2015), Mussalim (2001) e Barbosa e Silva (2016) foram referências teóricas para esta análise. O estudo mostrou que um aparente discurso de aceitação à homossexualidade pode ter efeitos de sentido carregados de preconceito e incitar a violência contra a população LGBTQI+. A pesquisa refere-se a um gesto de interpretação, que procura atravessar o efeito de transparência do discurso, e que não se esgota nesta análise.
Palavras-chaves: Análise de discurso; discurso materno; preconceito religioso; violência; homossexualidade.
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