O que pode uma ave morta? Reflexões sobre teoria queer, afetos e negatividade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.9771/peri.v2i16.37058

Resumo

Partindo de uma recente polêmica envolvendo a expulsão de uma participante trans e cigana do MasterChef espanhol, após ela servir aos jurados uma ave crua e com penas, este artigo examina algumas relações entre gênero, sexualidade, raça, afetos e políticas de inclusão. Para tanto, apresenta um intercruzamento entre o fato midiático, suas repercussões públicas e as propostas teóricas tributárias dos estudos queer, sobretudo através das contribuições e dissonâncias entre Sara Ahmed, José Esteban Muñoz, Leo Bersani, Jack Halberstam, Lee Edelman e Judith Butler. Concluímos que, mesmo entre os estudos queer, há uma importante disputa sobre os sentidos políticos das ideias de subversão, transgressão e assimilação, e que a impossibilidade de chegar a um acordo entre eles reflete o caráter aporético do próprio conceito de política que serve de base ao campo. 

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Biografia do Autor

João Gabriel Maracci, Universidade Federal de Minas Gerais

Doutorando em Psicologia (área de concentração: Psicologia Social) pela Universidade Federal de Minas Gerais, bolsista CAPES.

Daniel Boianovsky Kveller, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Doutorando em Psicologia Social e Institucional pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, bolsista CAPES.

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Publicado

2021-09-28

Como Citar

Maracci, J. G., & Kveller, D. B. (2021). O que pode uma ave morta? Reflexões sobre teoria queer, afetos e negatividade. Revista Periódicus, 2(16), 126–142. https://doi.org/10.9771/peri.v2i16.37058