TRANSterritorializações – O espaço (im)preciso da travestilidade
DOI:
https://doi.org/10.9771/peri.v1i8.23931Resumo
O presente artigo objetiva apresentar o processo de construção das ocupações territoriais constituídos a partir dos espaços urbanos considerados como relacionais, dinâmicos e em constante atribuição de sentido, uma perspectiva incorporal que pode estar a serviço tanto da uniformização, quanto da ressingularização dos processos subjetivos. Pretende-se apresentar perspectivas dissidentes do processo de travestilização - a partir da noção de pós-biografia, que questiona a noção de gênero e de identidade abordados de modo linear e naturalizado e, por outro lado, considera subjetividades múltiplas, fluidas, imprecisas - inspirado na trajetória de Gisberta, travesti que mora e trabalha no interior da Bahia, e aponta para a discussão decolonial que pretende avançar na geopolítica da elaboração do conhecimento e dispor das ocupações territoriais no interior. O trabalho está estruturado a partir da compreensão das Linhas de Vida propostas por Suely Rolnik em Cartografias Sentimental e como elas concebem produções de subjetividade e contextos de sociabilidade que propiciam desterritorializações e reterritorializações constantes.
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