A aliança empresarial-militar, o golpe de 1964 e as reformas na educação a serviço do capital
DOI:
https://doi.org/10.9771/gmed.v16i1.57727Palavras-chave:
Aliança empresarial-militar. Golpe de 1964. Reformas na Educação. Capital-humano. Tecnicismo.Resumo
Este artigo objetiva analisar os interesses da ditadura empresarial-militar em ampliar o acesso e reformar a educação em consonância com os interesses do capital. Nossa premissa é que as reformas promovidas após o golpe de 1964 buscaram adequar a formação do trabalhador ao projeto de desenvolvimento associado e dependente da ditadura. Para alcançarmos o objetivo proposto partimos do postulado que a educação e as reformas empreendidas não se explicam abstratamente ou isoladas das contradições que atravessam a sociedade de classes, mas necessitam de uma análise sobre o caráter periférico e subordinado da economia brasileira aos interesses imperialistas. Assim, prevaleceu o caráter tecnicista, que propugnava por uma proposta pedagógica produtivista.
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Referências
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