Produção científica, ditadura e universidade: crítica ao conceito de cultura política

Autores

  • Wesley Rodrigues de Carvalho Universidade Federal Fluminense (UFF)

DOI:

https://doi.org/10.9771/gmed.v16i1.57655

Resumo

O artigo se debruça sobre o uso do conceito de “cultura política” para o entendimento da história da universidade no período da ditadura (1964-1985), tal como formulado por Rodrigo Motta em seu livro “As universidades e o regime militar”. Sustentamos a inadequação do conceito empiricamente e pelos seus pressupostos idealistas, ao passo que indicamos a pertinência de Antonio Gramsci, Nicos Poulantzas e Pierre Bourdieu para a compreensão teórica do Estado, da universidade e de sua produção intelectual.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Wesley Rodrigues de Carvalho, Universidade Federal Fluminense (UFF)

Doutor em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Professor de Ensino Básico pela Prefeitura Municipal de Macaé e pela Prefeitura Municipal de Rio das Ostras. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/1354549680262346 ORCID: https://orcid.org/0000-0001-6764-1695 Email: carvalho.wr@gmail.com

 

Referências

BOURDIEU, Pierre. Os usos sociais da ciência. Por uma sociologia clínica do campo científico. São Paulo. Editora UNESP, 2004.

BOURDIEU, Pierre. Para uma sociologia da ciência. Lisboa: Edições 70, 2004a.

BOURDIEU, Pierre. O campo científico IN: ORTIZ, Renato (org.). Bourdieu – Sociologia. São Paulo: Ática, 1983.

CUNHA, Luiz Antônio. O legado da ditadura para a educação brasileira. IN: Revista Educação e Sociedade, v. 35, n. 127, abr-jun 2014.

CUNHA, Luiz Antônio. A universidade reformanda. O golpe de 1964 e a modernização do ensino superior. São Paulo: Editora Unesp, 2007.

CUNHA, Luiz Antônio. & Góes, Moacyr. O golpe na educação. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1985.

FERNANDES, Florestan. Universidade brasileira: reforma ou revolução? São Paulo: Alfa e Ômega, 1975.

FERNANDES, Florestan. A revolução burguesa no Brasil: ensaio de interpretação sociológica. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1975.

LEHER, Renato. Ditadura de 1964: uma universidade para o capitalismo dependente. IN: IASI, Mauro & COUTINHO, Eduardo Granja. (orgs.) Ecos do golpe. A persistência da ditadura 50 anos depois. Rio de Janeiro: Mórula, 2014.

MOTTA, Rodrigo. As universidades e o regime militar. Cultura política brasileira e modernização autoritária. Rio de Janeiro: Zahar, 2014

MELO, Demian. O golpe de 1964 e meio século de controvérsias: o estado atual da questão. IN: MELO, Demian (org.). A miséria da historiografia: uma crítica ao revisionismo contemporâneo. Rio de Janeiro: Consequência, 2014.

PEREIRA, Ludmila Gama. Nenhuma ilha da liberdade: vigilância, controle e repressão na Universidade Federal Fluminense (1964-1987). 2016. Orientador: Marcelo Mattos. 321p. Tese de Doutorado. UFF, Niterói, 2016.

POULANTZAS, Nicos. O Estado, o poder, o socialismo. São Paulo: Paz e Terra, 2000.

SOUZA, Maria Inez Salgado. Os empresários e a educação. O Ipes e a política educacional após 1964. Editora Vozes, 1981.

VIEIRA, Rafael. Monumento de cultura – monumento de barbárie: Uma crítica da leitura de Rodrigo Motta sobre as políticas para a universidade no Brasil durante a ditadura empresarial-militar (1964-1985). IN: ANAIS DO COLÓQUIO INTERNACIONAL MARX E O MARXISMO 2017. DE O CAPITAL À REVOLUÇÃO DE OUTUBRO (1867-1917). Disponível em http://www.niepmarx.blog.br. Acessado em julho de 2018.

Downloads

Publicado

2024-05-30

Como Citar

Rodrigues de Carvalho, W. (2024). Produção científica, ditadura e universidade: crítica ao conceito de cultura política. Germinal: Marxismo E educação Em Debate, 16(1), 442–453. https://doi.org/10.9771/gmed.v16i1.57655