A educação omnilateral na sociologia de Florestan Fernandes

Autores

DOI:

https://doi.org/10.9771/gmed.v15i3.53246

Palavras-chave:

Florestan Fernandes, Marxismo, Educação Omnilateral, Conservadorismo, Humanismo Socialista

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo apresentar a proposta omnilateral de educação na sociologia de Florestan Fernandes. A metodologia empregada é de cunho qualitativo-bibliográfico e norteia-se a partir das obras de cunho educacional, utilizando-se do teor crítico extraído pelo sociólogo paulista de fontes marxianas e marxistas. Neste sentido, o percurso explicativo consiste na apresentação de uma perspectiva de formação humana em Florestan, em seguida a correlação entre educação, Estado e sociedade em sua sociologia e, por último, como estes elementos corroboram a necessidade de uma educação omnilateral.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Elson dos Santos Gomes Junior, Instituto Federal Fluminense (IFF)

Doutorando em Sociologia Política pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf). Bacharel em Ciências Sociais e Mestre em Sociologia Política pela mesma instituição. Professor EBTT - Sociologia - do Instituto Federal Fluminense (IFF). Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/5016117362424484. Orcid: https://orcid.org/0000-0002-7222-8288. E-mail: elsonuenf@yahoo.com.br.

Referências

ANDERSON, Perry. Espectro: da direita à esquerda no mundo das ideias. São Paulo: Boitempo, 2012.

BURKE, Edmund. Reflexões sobre a Revolução na França. Rio de Janeiro: Top´books, 2012.

COUTINHO, João Pereira. As ideias conservadoras explicadas a revolucionários e reacionários. São Paulo: Três Estrelas, 2014.

ENGELS, Friedrich. A situação da classe trabalhadora na Inglaterra. São Paulo: Boitempo, 2010.

FERNANDES, Florestan. Educação e sociedade no Brasil. São Paulo: Dominus, 1966.

FERNANDES, Florestan. A etnologia e a sociologia no Brasil. São Paulo: Editora ANHAMBI, 1958.

FERNANDES, Florestan. A função social da guerra na sociedade Tupinambá. 3. ed. São Paulo: Globo, 2006.

FERNANDES, Florestan. A integração do negro na sociedade de classes. São Paulo: Globo, 2008a.

FERNANDES, Florestan. A Investigação etnológica no Brasil e outros ensaios. 2. ed. São Paulo: Global, 2007.

FERNANDES, Florestan. A natureza sociológica da Sociologia. São Paulo: Ática, 1980a.

FERNANDES, Florestan. A organização social dos Tupinambá. São Paulo: Instituto Progresso Editorial, 1949; 2.ed. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1963.

FERNANDES, Florestan. A questão da USP. São Paulo: Brasiliense, 1984.

FERNANDES, Florestan. A Revolução Burguesa no Brasil. 5. ed. São Paulo: Globo, 2005.

FERNANDES, Florestan. A Sociologia no Brasil. Petrópolis: Vozes, 1980b.

FERNANDES, Florestan. A Sociologia numa era de revolução social. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1976.

FERNANDES, Florestan. Brasil: em compasso de espera – pequenos escritos políticos. Rio de Janeiro: Editora da UFRJ, 2011.

FERNANDES, Florestan. Circuito fechado: quatro ensaios sobre o “poder institucional”. São Paulo: Globo, 2010.

FERNANDES, Florestan. Da guerrilha ao socialismo: a revolução cubana. São Paulo: T. A. Queiroz, 1978.

FERNANDES, Florestan. Florestan Fernandes na Constituinte: leituras para a reforma política. São Paulo: Fundação Perseu Abramo/Expressão Popular, 2014.

FERNANDES, Florestan. O desafio educacional. São Paulo: Cortez, 1989.

FERNANDES, Florestan. Sociedade de classes e subdesenvolvimento. São Paulo: Global, 2008b.

FERNANDES, Florestan. Universidade brasileira: reforma ou revolução?. São Paulo: Alfa-Ômega, 1975.

FRIGOTTO, Gaudêncio. Educação Omnilateral. In: CALDART at al. (org.). Dicionário da Educação do Campo. Rio de Janeiro, São Paulo: Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio,

Expressão Popular, 2012.

FRIGOTTO, Gaudêncio. O Desafio Educacional de Florestan Fernandes. Revista Desenvolvimento e Civilização, v.1, n.2, p. 25-35, 2020. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/rdciv/article/view/56728/36400. Acesso em 25/02/2023.

HABERMAS, Jürgen. A nova obscuridade. São Paulo: Editora Unesp, 2015.

HONDERICH, Ted. El conservadurismo: un analisis de la tradición anglosajona. Barcelona: Península, 1993.

KIRK, Russel. A mentalidade conservadora: de Edmund Burke a T. S. Eliot. São Paulo: É Realizações Editora, 2021a.

KIRK, Russel. Breve manual de conservadorismo. São Paulo: Trinitas, 2021b.

LEHER, Roberto. Florestan Fernandes e a defesa da educação pública. Educação & Sociedade, Campinas, v. 33, n. 121, p. 1157-1173, 2012. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0101-73302012000400013. Acesso em: 25/02/2023.

LYNCH, Christian Edward Cyril. Por que pensamento e não teoria?: a imaginação político-social brasileira e o fantasma da condição periférica (1880-1970). Dados (Rio de Janeiro. Impresso), v. 56, p. 727-767, 2013. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0011-52582013000400001. Acesso em: 25/02/2023.

MACIEL, Cosme Leonardo Almeida. Educação Integral: limites e possibilidades sob a hegemonia do capital. Revista Contemporânea de Educação, v.10, n.20, p.405-426, 2015. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/rce/article/view/2220/2293. Acesso em: 25/02/2023.

MAIA, J. M. E. Ao sul da teoria: a atualidade teórica do pensamento social brasileiro. Sociedade e Estado, v. 26, n.2, p. 71-94, 2011. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0102-69922011000200005. Acesso em: 25/02/2023.

MARX, Karl. A Burguesia e a Contra-Revolução. São Paulo: Editora Ensaio, 1987.

MARX, Karl. O capital: crítica da economia política. Volume I, tomo 1. São Paulo: Nova Cultural, 1996.

MAZUCATO, Thiago. Ideologia e utopia de Karl Mannheim: o autor e a obra. São Paulo: Ideias e Letras, 2014.

MAZZA, Débora. A produção sociológica de Florestan Fernandes e a problemática educacional. Taubaté: Cabral Editora e Livraria Universitária, 2003.

MÉSZÁROS, István. A educação para além do capital. São Paulo: Boitempo, 2008.

MÉSZÁROS, István. A teoria da alienação em Marx. São Paulo: Boitempo, 2006.

MEUCCI, Simone. Sobre a rotinização da sociologia no Brasil: os primeiros manuais didáticos, seus autores, suas expectativas. Mediações, v.12, n.1, pp.31-66, 2007. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/mediacoes/article/view/3386. Acesso em: 25/02/2023.

MOREIRA, Ivone. A filosofia política de Edmund Burke. São Paulo: É Realizações Editora, 2019.

MOREIRA, Marcelo Sevaybricker. O debate teórico-metodológico na Ciência Política e o Pensamento Social e Político Brasileiro. Teoria & Pesquisa: Revista de Ciência Política, v. 21, p. 73-89, 2012. Disponível em: https://www.teoriaepesquisa.ufscar.br/index.php/tp/article/view/283/206.Acesso em: 25/02/2023.

NUNES, E. Gramática Política do Brasil: Clientelismo e Insulamento Burocrático. Zahar. Rio de Janeiro, 2004.

OLIVEIRA, Marcos Marques de. Florestan Fernandes (Coleção Educadores). Brasília, DF / Recife, PE: MEC, FNDE / Fundação Joaquim Nabuco, Massangana, 2010.

RIBEIRO, M. A. F.; MARTINS, M. L.; TORRES JUNIOR, R. D. Para além do atraso e singularidade: a atualidade do pensamento social e político brasileiro. Terceiro Milênio – Revista Crítica de Sociologia e Política, v. 18, p. 7-28, 2022. Disponível em: https://revistaterceiromilenio.uenf.br/index.php/rtm/article/view/222/209. Acesso em: 25/02/2023.

RISSO, Antônio Luís et al. O desafio educacional, de Florestan Fernandes. Ciências da Educação, v. 26, p. 7-15, 2012. Disponível em: https://core.ac.uk/download/pdf/230078814.pdf. Acesso em: 25/02/2023.

SANDEL, Michael J. Justiça: o que é fazer a coisa certa. 33. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2020.

SCHELER, Max. A situação do homem no cosmo. Lisboa: Texto e Grafia, 2008.

SILVA, Lucas Trindade da. Um Florestan para além da “tese da singularidade brasileira”. Terceiro Milênio: Revista Crítica de Sociologia e Política, vol.18, n.1, p.81-111, 2022. Acesso em: https://revistaterceiromilenio.uenf.br/index.php/rtm/article/view/217/206. Acesso em: 25/02/2023.

SOARES, Eliane Veras. A perspectiva sociológica de Florestan Fernandes em A Revolução Burguesa no Brasil. In: RIBEIRO, Maria Thereza Rosa et al. (Orgs.). Dimensão Histórica da Sociologia: dilemas e complexidade. Curitiba: Appris, 2016. p. 101-121.

TAVOLARO, Sergio Barreira de Faria. Retratos não-modelares da modernidade: hegemonia e contra-hegemonia no pensamento brasileiro. Civitas (Porto Alegre), v. 17, p. 115-141, 2017. Disponível em: http://old.scielo.br/pdf/civitas/v17n3/1519-6089-civitas-17-03-e115.pdf. Acesso em: 25/02/2023.

TOCQUEVILLE, A. A democracia na América. 2. Ed. Belo Horizonte: Editora Itatiaia,1998.

WALLERSTEIN, Immanuel. Capitalismo histórico e civilização capitalista. Rio de Janeiro: Contraponto, 2001.

Downloads

Publicado

2023-12-29

Como Citar

dos Santos Gomes Junior, E. (2023). A educação omnilateral na sociologia de Florestan Fernandes. Germinal: Marxismo E educação Em Debate, 15(3), 431–447. https://doi.org/10.9771/gmed.v15i3.53246